Pedagogia/UFRGS/Aprendizagens

segunda-feira, outubro 26, 2009

Olhares sobre a experiência docente...



Com base na leitura de Iole Trindade

NÃO HÁ COMO ALFABETIZAR SEM MÉTODO?

Planejamento de uma aula, como disparadora, embasada no livro de Karen Mendes Santos, Série Muda Mundo, 4

A) Nível/ Etapa de Ensino: 3ª série do Ensino Fundamental
B) Temática focalizada: Lixo e seu destino
C) Justificativa (da temática escolhida): Foi observado pelos alunos, que em dia de chuva chegavam molhados na escola, porque as ruas estavam alagadas. A sugestão da leitura do livro citado abrange exatamente a experiência do nosso bairro, e as atitudes ecologicamente corretas que seguem este tipo de problemática.
D) Roteiro das atividades:
1) Leitura
* “Que lixo é esse?” (meio ambiente/ Karen Mendes Santos; ilustrações de Vânia Andrade de Oliveira – Porto Alegre: Signi, 2007—Série Muda Mundo, 4)
* Fotos recentes do Arroio Belas Águas
* Observação de diversos objetos que podem “surgir” da sucata ou lixo. Trazer para o “Dia da Sucata” mais sugestões, escritas ou prontas, que possam ser vistas pelos alunos de toda a escola.

2) Produção textual
* Grafar como fazer seu objeto de sucata preferido.
* Frases (para o mural de fotos)
* Auto ditado
* Produção de histórias matemáticas

3) Jogo
“Procure o nome!”
“Pacotinhos”

4) Sistematização
* Folha mimeografada com espaços para montagem de panfleto. (em casa)
* Folha mimeografada para criação de mini livros com historinhas matemáticas. (em casa)
E) Descrição das atividades:

1) Leitura
1.1) objetivo:
* Levar ao conhecimento dos alunos a causa do alagamento das ruas do bairro, conhecer o arroio e não “ valão”, como costumam nomeá-lo e organizar metas para conscientização do grupo da escola e da comunidade.
* Visualizar o estado atual do arroio.
* Conhecer objetos que podem ser feitos com sucata.

1.2) organização da turma:
*Em roda os alunos ouvem e lêem o texto, após olham as fotos do arroio e em seguida podem manusear objetos construídos com materiais a partir de sucata.

1.3) organização dos materiais:
O livro
As fotos
Bonecos de sucata, vasos e porta materiais escolares.

1.4) desenvolvimento:
*A leitura é feita de modo que cada aluno lê um parágrafo do texto.
* Após a professora expõe fotos (em mural) do Arroio Belas Águas. Conhecem o lixo que é depositado no arroio e em seguida a professora mostra alguns exemplos do que se pode fazer com o que vai parar na beira do arroio, entupindo esgotos das vias, sujando as águas e poluindo nosso ambiente.
* Marcar a visita ao arroio.
* Recebem folhas para criarem (em casa) bilhetes que serão distribuídos aos colegas de escola e comunidade, no dia da visita.
* Recebem tiras de papel para construírem frases, individualmente.

2) Produção textual

2.1) objetivo:
* Criar roteiro.
* Produzir frases.
* Produzir auto ditado.
* Construção de problemas matemáticos.


2.2) organização da turma:
* Produções individuais e em grupo

2.3) organização dos materiais:
* No caderno, nomear o livro e autora, em seguida escrever seu roteiro de criação de objeto com sucata.
* No mural colar as frases produzidas sobre: Como está o arroio e como queremos que fique.
* Cada grupo de 5 alunos recebe uma caixa com objetos e imagens que deverão procurar relação de nome \ objeto. A seguir o grupo escreve individualmente em cada caderno, refletindo e marcando como objeto orgânico ou que pode ser seletivo.
* Pacotes com fichas
2.4) desenvolvimento:
* Criar roteiro de como construir um objeto de sucata.
* Construção de mural com imagens ( do Arroio Belas Águas do bairro Nova Americana em Alvorada, parada 50) acompanhando frases dos alunos (questionadoras e reflexivas) da turma: Como está o arroio e como queremos que fique.
* Produzir auto ditado, refletindo e sinalizando o que é lixo seco e o que é orgânico. “Procure o nome!”
* Construção de histórias matemáticas, em duplas e oralmente, sobre imagens dos “Pacotinhos” (com organização cronológica e relacionados ao meio ambiente.)


3) Jogo
“Procure o Nome”
“Pacotinhos”

3.1) objetivo:
• Identificar nome ao objeto. Fazendo relações de lixo seletivo e lixo orgânico.
• Construção, oral e em duplas, de historinhas matemáticas, visando a construção coletiva, o raciocínio lógico, a cronologia de fatos e a consciência ecológica.

3.2) organização da turma:
Individual e em duplas

3.3) organização dos materiais:
• Caixas com objetos do dia - a – dia da criança. Com fichas e a nomenclatura desses objetos.
• Saquinhos, cada um com fichas que formam uma seqüência lógica de fatos, que estão ligados ao meio ambiente. Acompanham brinquedinhos relacionados às fichas.

3.4) desenvolvimento:

• Em grupos de cinco alunos, espalham sobre as classes os objetos e fazem a combinação nome \ objeto. Após listam em seus cadernos individualmente o que foi feito no coletivo, colocando uma sigla ao lado de cada grafagem: S ou O.
• Em duplas retiram do saquinho fichas que devem ser organizadas pela seqüência lógica. Após devem criar, oralmente, uma historinha matemática.

4) Sistematização
• Folha mimeografada com espaços para montagem de panfleto explicativo (frases e desenhos) para ser entregue na comunidade no dia da visita ao arroio. (tema de casa)
* Montar em mini livro a historinha matemática .(tema de casa)

4.1) objetivo:
* Relatar e propor a comunidade escolar e arredores, o cuidado que estamos tendo como lixo e o que causamos ao meio ambiente com nossas atitudes.
* Proporcionar aos demais colegas visualizar e trabalhar posteriormente nas construções das duplas., sobre historinhas matemáticas.
4.2) organização da turma:
* Individualmente e em casa, com ajuda da família.
* Em casa, cada aluno da dupla faz um mini livro com a criação, ou criações orais da sala de aula, com os “Pacotinhos”.

4.3) organização dos materiais:
• Folhas
• Folhas
4.4) desenvolvimento:
* Em casa, com o auxílio da família e com suas aprendizagens, criar um texto que possa ser esclarecedor e útil para nossa comunidade e nosso ambiente.
* Em casa, cada dupla deve criar um mini livro que contemple a(s) historinha(s) matemática(s) criadas oralmente em sala de aula através dos “Pacotinhos”.

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Língua Brasileira de Sinais


Apesar da educação para surdos ser restrita no século XIX , já haviam pessoas empenhadas em fazer com que surdos estudassem e levassem uma vida social, como os demais.
Porém ainda hoje, a educação de surdos recebe tratamento de diferentes olhares: os surdos são tratados como diferentes e doentes, que devem receber tratamento para recuperar audição. Pode-se observar este comportamento quando são propostas terapias para desenvolvimento da fala. E a cura, em si, para a surdez. Cabe salientar que nas instituições o surdo tem papel de quem não tem autonomia e não consegue se desenvolver sozinho, precisando sempre de interferência de outros. É conferido a ele, aquele que não tem suas faculdades completas, que por conseqüência disto não se desenvolve nem se integra como “deveria”. Além do mais necessita de tratamentos diferenciados, muitas vezes por caridade, não percebendo o quanto o surdo merece respeito à sua identidade e cultura, esquecendo de que somente não pode ouvir sons, que pode se comunicar normalmente por uma língua, que está dentro da sociedade, esta, entendida pela sociedade ouvinte como se fosse um auxílio ou uma forma a mais para se expressar. O que é um erro, pois a língua de sinais é o ato social, a expressão dentro da sociedade, que tem corpo e alma.
Há dois modelos, antagônicos, existentes até nossos dias,na concepção de surdez: o sócio antropológico e o clínico - o clínico mencionado acima, leva em consideração que a surdez é uma falha que precisa de conserto. A socio antropológica acredita que o indivíduo necessita de uso de sua cultura, seus saberes e sua expressão num âmbito social e afetivo, desenvolvendo-se de forma saudável e feliz.
Assim, a expressão e os conceitos de sensibilidade e moral, que muitos consideram ser natural nos seres humanos, é simplesmente o resultado da civilização, que contribui para a sua formação. Portanto a forma errônea como foram e ainda são tratados alguns surdos, retirando-os do convívio das ações e comportamentos sociais, somente são negativos à estruturação que estes tentam montar - tendendo a aumentar seu âmbito de conhecimentos - conforme Itard: “todas as causas acidentais, locais ou politicas tendentes a aumentar ou diminuir o número das nossas necessidades, contribuem necessariamente para alargar ou diminuir o âmbito dos nossos conhecimentos”
A proposta de Itard está viva para nosso tempo, em que, assim como ele percebe a importância do conviver, do estímulo, da aceitação, de quanto o universo de sinais é produtivo e eficaz, perdendo em nada para a língua falada, o mundo do silêncio é um mundo cheio de vida, de risos de normalidade.

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sábado, outubro 24, 2009

A Organizashow da Interdisciplina LIBRAS


A organização de libras é de muito fácil acessso!

Simplicidade, praticidade, limpeza visual.

Não significam trabalhos menos complicados em sua realização...

mas a forma de organizar:
slides cada um com uma unidade, cada unidade contendo seus encaminhamentos e atividades com links na mesma página. Que clareza!



Aulas -

LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS - A
Título: Unidade 2

Descrição: UNIDADE 2:

HISTÓRIA DOS SURDOS



Título: UNIDADE 1

Descrição: UNIDADE 1:

LIBRAS, Cultura Surda e Comunidade Surda




*****Ficam aqui os elogios!!*****

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quarta-feira, outubro 21, 2009

Relato de Artur Madruga em Arquiteturas Pedagógicas


O texto é tão bom, que automaticamente nos identificamos com o mesmo e crescemos em nosso entusiasmo em relação aos Projetos de Aprendizagem. Parece que enquanto avançamos na leitura, vamos decodificando o nosso próprio processo. E que tudo o que estudamos até aqui foi o que permitiu atravessarmos os códigos do texto com tanta facilidade para compreendê-lo na íntegra. Ele ampliou mais ainda a reflexão que venho fazendo sobre esse novo professor que me sinto. Convicto de sua importância como mediador. Claro que bem desiquilibrado, haja vista os sistemas escolares que encontramos. Ainda bem, pois assim temos algo a contribuir com os mesmos. Parece que estamos levando algo novo para a velha educação. O "Arquiteturas Pedagógicas" me deixou mais seguro ainda em relação aos referenciais educacionais que estão me motivando. Porta subsídios importantes que nos auxiliam e colocam em nossas mãos sólidas ferramentas de apoio para podermos compartilhar esse nosso anseio com os colegas de trabalho. Parece que queremos não só para a nossa turma, mas para "todos" os "outros" alunos, a experiência dessa construção de conhecimentos através dos artesanais Projetos de Aprendizagem. Principalmente quando se consegue fazer esse link envolvendo os aprendizes autores, que encontramos em faixas etárias distintas, que vão da infância à vida adulta. Com eles costuramos os projetos elaborados artesanalmente à nossa prática e às teorias que os fundamentam, unindo Piaget, Freire e Ferreiro, para compreendermos não só o nosso processo como educadores, mas o mundo à nossa volta. Passei uma vida querendo descobrir qual era o segredo e a diferença que tinha um aluno saído da Ufrgs, porque o seu discurso era invariavelmente "diferente". Agora acho que retirei um de seus véus, como dizia Darci Ribeiro em seu "Ensaios Insólitos", e o tecido desse véu tem um nome, ele se chama qualidade.
Cheio de encantamentos e constantemente surpreso...

Artur Madruga
Bjs
______________________________________________
Precisei postar as revelações do meu amigo Artur.
Adoro as coisas que escreve e percebo que tem vida o que ele diz. Sinto-me praticamente sua cúmplice...
Sempre adorei esta pessoa especial, hoje ele mais uma vez através do carinho, sensibilidade e força, faz parte do ânimo que preciso.
Além dele é claro quero agradecer a Andréia Àvila e a Nair Marili que comigo formam um trio, às vezes dinâmico, outras nem tanto.Mas é de grupos que vivemos e precisamos para continuar.
...em reta final... cheios de novas construções e cansados...
beijos aos meus queridos...............................

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quinta-feira, outubro 15, 2009

Professor



É o devagar sempre pensando...

É aquele que olha teu olho e vê.

É o que te consola e te manda ir de novo.

É assim, pouca grana...

Livros de sebo...

Muita idéia...

Muito papo...

É aquele que quer ser aprendiz.

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terça-feira, outubro 13, 2009

História Infantil Comentada


Módulo 3 Linguagem e Educação


Narrativa de Larissa.
Está no 2º ano, tem 8 anos.
Estuda em escola estadual e está em construção da sua alfabetização.

Era uma vez uma menina que se chamava Lili.
Ela era muito curiosa e um dia ela viu um passarinho azul, ela foi chegando perto,mas ele não se afastou como os outros então ela pergunta:
-De onde você é?
Você não é como os outros, de onde você vem?
-Eu sou do sul.
-E o seu nome?
-Sou o passarinho Tatá.
Eu não me afastei de você porque eu sou seu passarinho.
Quando você era pequena a sua mãe me deu para você.
Esta é sua madrasta e ela não me cuidava muito bem então eu fugi.
Sua mãe te deixou várias riquezas, mas a madrasta deu para Julieta.
-Sim a Julieta... mas ela não faria isto...
Lili disse:
-Você pode ficar comigo agora.
- Sim eu posso.
Lili foi falar com a madrasta:
- É verdade que minha mãe deixou riquezas e você deu para Julieta?
- De onde você tirou estas idéias?
- De minha cabeça. Eu me lembrei.
Mas naquela noite Lili fez sua malinha e foi encontrar o passarinho no poço.
O passarinho falou:
- Você pode fazer qualquer pedido que se realizará.
Ela pediu para que a madrasta devolvesse tudo o que a mãe tinha para lhe dar.
Neste momento apareceu uma bolsa com um vestido lindo e muitas jóias que eram da mãe dela.
E cada vez que Lili falava saíam flores da boca da Lili.
Mas a Julieta encontrou Lili e chamou a madrasta. Elas levaram Lili para casa
- Por que você fugiu?
- Porque você me roubou.
- Tá bem você ganhou, eu só ia pegar emprestado depois eu devolvia.
Julieta disse:
- Mamãe você não ia me...
- Fique quieta Julieta!
Daí começaram a sair flores da boca de Lili.
- Conte como isto te acontece.
- É o poço.
- Que poço?
- O que a gente pega água.
Elas foram até lá e fizeram o pedido no poço:
Que da boca delas também saíssem coisas bonitas.
Mas quando foram falar
Saíram cobras e lagartos.
Voltaram no poço e perguntaram
O poço então respondeu:
- Ela merecia as coisas bonitas e vocês não são boas, mereciam cobras e lagartos.
Lili encontrou o passarinho que fez um pedido de uma nova casa em que pudessem viver.
Assim aconteceu.
Durante a noite um homem bateu a porta e disse eu procuro a LIli
Sou pai dela.
Lili contou todas as coisas que a madrasta fez e
João , pai da Lili, foi até a casa e viu que a casa estava cheia de bichos. Ele voltou e ficou na nova casa de Lili.
O passarinho encontrou uma passarinha chamada Laura
Todos viveram naquela casa felizes para sempre.
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“Ficção e relato de experiências vividas são gêneros diferentes, mas, nos primeiros anos de vida, é comum que se combinem nas narrativas infantis, como apontou a lingüista Maria Cecília Perroni no livro Desenvolvimento do Discurso Narrativo.”


Na narrativa da criança ouvida também mistura-se gêneros de experiências reais com os de ficção. Essencial, segundo a autora para o desenvolvimento da expressão. Esta construção foi possível acessando seu repertório e tudo que foi aprendido , pois possivelmente ouviu muitas histórias desde pequena.

"...co-construção é o chamado "jogo de contar" - situação básica de aprendizagem quando o assunto é oralidade e que envolve uma relação de cumplicidade entre a criança e seu interlocutor. ..."

A menina Larissa tem apelido Lili na vida real e leva isto para seu relato. Usa esta “força” de linguagem criando cumplicidade com o que relata.

“dão um sentido pessoal aos elementos do ambiente e os elaboram à sua maneira para com eles poder lidar” Winnicott

Larissa esteve durante o dia alimentando passarinhos com seu avô e trouxe este elemento real para seu conto.

Conforme estudos de Lélia Erbolato Melo, linguista da Universidade de São Paulo (USP), as crianças incorporam as suas narrativas aspectos como a ação, os conflitos e o inesperado.
A menina Larissa é uma criança bem estimulada em suas expressões , pois apresenta em seu conto uma mistura de historinhas que ouviu e repete partes, pois sabe que eu escrevo o que ela conta, não podendo ficar uma só frase para trás, inclusive quando apago algumas letras ela confere para ver se não deixei de reescrevê-las.
Ao final lhe pergunto que nome tem esta história e ela responde:
- Lili no mundo mágico.
Eu vou desenhar a história que te contei, me dá um papel?

“Consideraremos, de modo geral, que o locutor-leitor-enunciador de escritura dispõe de três conjuntos de variantes enunciativas em número praticamente ilimitado [...]:
A. conjunto de enunciações faladas;
B. conjunto de enunciações escritas e
C. a intersecção entre estes dois conjuntos (enunciações podendo ser faladas ou escritas)” Lentin (1986:114).
A relação que a menina tem com a leitura ( mais ouvida do que lida ), está descrito acima; pois é visível dentro do seu relato, a “mixagem” que faz com as formas usuais escritas em contos infantis.
___________________________________________________
Ao trabalhar nesta tarefa da interdisciplina - Linguagem e Educação - pude definir quanto a criança observa o mundo de forma detalhada, quanto insere estes conceitos em suas novas aprendizagens, num vai e vem de idéias que não são lineares, mas incorporativas.
A criança constrói momentos através do que sentiu, do que vivenciou e a partir da experiência modifica informações, as quais tem necessidade de expressar.
A realidade funciona como o material e a "invenção da história" como uma pinça, que traz o que ela percebe ser de proveito e de pronta utilização. A partir daí significa suas teorias e as põe em prática, seja na realidade de seu dia - a - dia, seja na montagem de novas histórias, em brincadeiras ou em soluções para seus desafios.
A aprendizagem acontece na relação com o mundo, com ela mesma, e com os outros. A criança produz desejo e direciona-se ao saber de maneira que interage de diversas formas e aqui vê-se tamanha importância da história criada, seja ela oral ou escrita.

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segunda-feira, outubro 12, 2009

Dia de Criança



A vida pula corda...
Hoje sopram os ventos...
Ventinho bom no rosto quente de sol.

Alegrias...
Brincadeiras e brinquedos...
Reflexo da natureza...


Sonhos de infâcia,
honestos e desapegados do mundo.

Onde está o momento...??
Um anjo vivo , sem asas, pois se ainda as tivesse
iria embora...
Até neste ponto Deus não esqueceu do detalhe...
Enviou anjos até nós.
Mas os anjos são esquecidinnhos,
logo se misturam esquecendo de Tudo que lhes foi dito.
Ainda que temos anjos nascendo sempre para
lembrarmos que já fomos assim...
Feliz Dia da Criança - A todos !!!!!!!!

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sábado, outubro 10, 2009

EJA - Escritas Sociais



“Obrigados a se formarem na prática,
sem condições de sistematizarem suas experiências e sem possibilidades de terem acesso à pequena produção de conhecimento disponível, os educadores de adultos são obrigados ao eterno começar e recomeçar de práticas frustrantes e de vida curta.
É dentro deste quadro que o programa de educação popular do CEDI resolveu aceitar o desafio de poder, ao mesmo tempo que apoia programas de escolarização popular, sistematizar tais experiências e procurar criar as condições necessárias ao avanço do conhecimento neste campo.
Uma das questões que notamos como central e que mereceu uma maior sistematização é
a da metodologia da alfabetização de adultos. Normalmente levados por uma leitura mecânica
do chamado Método Paulo Freire, educadores de adultos têm aceitado o desafio simplista de,
escolhidas determinadas palavras ligadas à realidade do educando, desenvolver processos de
discussão e/ou aprendizagem que impliquem simplesmente na decodificação de tais palavras e na sua
silabação, visando à construção de novas palavras. Tais movimentos, além de se tornarem
mecânicos (como se o processo de alfabetização fosse um caminho linear de incorporação de novas
sílabas ao universo de aprendizagem do educando), acabam não considerando a experiência
acumulada por este educando e suas hipóteses à respeito de como tal processo de escolarização se
realiza.
O respeito ao universo do educando tão bem posto por Paulo Freire para os desafios de
ampliação de consciência não vêm se realizando no universo da aprendizagem dos códigos de ler e
escrever.” Regina Hara

Regina Hara deixa claro que as trocas e reflexões de educadores, através de ONGs ou grupos, são molas impulsoras do desenvolvimento para construções de redes.

Redes que se apoiem criando novas perspectivas para educação de jovens e adultos, que através de suas experiências, positivas ou frustrantes, caminhem para aplicabilidades que ofereçam aos educandos verdadeiros instrumentos de inserção na sociedade. Valorizando cada saber, distribuindo aos demais, num ambiente de discussões e crescimento.

Os educadores isolados, pouco prosseguem em sua caminhada pedagógica, centraliza-se e se for um educador que tem qualidades, mesmo assim se atrofia, pois não divide o que tem.

A tarefa educativa é solidária e não egoísta. Necessita de humildade para aceitar que está em conflito e que desistiu de inovar.

Os encontros de EJA nas redes municipais tornaram-se dia de "reuniões para rever os avanços"? Não seria tempo de análise dos elementos envolvidos na reunião?

Não faço parte do grupo de professores de EJA, gostaria de fazer, mas precisamos com urgência trazer de volta um tempo que perderam nossos alunos, seja por falta de recursos financeiros que tiveram na infância, seja por falta de acesso a escola próxima, seja por trabalho infantil, seja por ignorância de algum adulto... Estes adultos estudantes precisam de educadores que façam valer seus valores e potenciais na sociedade. Que ajudem a descobrir o potencial, quando este se escondeu do adulto, porque tantas vezes foi esquecido.


Regina Hara em seu texto conseguiu buscar resultados de aulas improdutivas, estéreis, frustradas, tanto para aluno como para professor, analisou cada passo e sugeriu a troca, como base para a mudança, não disse que será perfeito, mas apontou uma luz.

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segunda-feira, outubro 05, 2009

Centro de Interesses





Imagem e trechos retirados de:http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/didatica
/unidade2/propostas_de_trabalho_integrado/unidade2_3.html

Ovide Decroly e os Centros de Interesse
De acordo com Bassan (1978, p. 17), “os centros de interesses, são um processo de ensino que consiste em agrupar à volta dum mesmo assunto que interessa à criança um conjunto de noções a aprender, de mecanismos a montar, de hábitos a adquirir, condição do perfeito desenvolvimento do ser no meio em que vive e ao qual ele se adapta. A técnica dos Centros de Interesse – ao mesmo tempo livre e orientada pelo educador, principalmente aplicada a aquisição de conhecimentos, serve também para a educação psicológica, ao despertar do sentido social e à formação moral”.
Decrloy e seus colaboradores sistematizaram algumas necessidades primordiais das crianças. No esquema acima, você pode observar quatro elementos.

A teoria deve vir a acrescentar na prática do professor. Ela não sobreviveria em si mesma, pois em educação o refazer diário é uma constante para que haja aprendizado.
Dentro deste processo a cooperação e a autonomia fazem as oportunidades para professor e alunos aprenderem a produzir e não somente reproduzir.
Os centros de interesse quebram o protocolo, pois,
"Segundo Amato, Centros de
Interesse são agrupamentos de
conteúdos e atividades educativas
realizadas em torno de temas
centrais de grande significação
para a criança."

Os temas a serem trabalhados surgem da vida social, do lar, das problematizações etc, oportunizando aprendizagens em mais de uma área.
O aprendizado dá-se pela investigação, desestabilização, através das quais a criança constrói seu conceito mediante muitas intervenções(de colegas, , investigações grupais e individuais) capacitando-a para resolução de problemas diários.


Características do centro de interesses

  • Satisfazem interesses do educando, oportunizando-lhe situações de melhor integração ao seu meio.
  • Estão relacionados a fatos de seu cotidiano.
  • Criam situações para construções de aprendizagens básicas.
  • Mobilizam para a realização de experiências concretas.
  • Respeitam ritmo e possibilidades individuais, com propostas diferenciadas e específicas.
  • Promovem a afetividade na escola.
  • Despertam a curiosidade no aluno, estimulando descoberta, criatividade, participação e iniciativa.
  • Facilitam o aluno na compreensão da importância de seu desempenho, perante a escola, família e sociedade.
  • Promovem o despertar para o sentimento de respeito ao outro, à natureza com seus recursos e ao trabalho.

O trabalho do professor em centro de interesse, preserva seus espaços e tempos para estabeler os interesses de seus alunos, produzir materiais e propostas integradas, organizando tarefas específicas, além de avaliá-los integral e continuamente.

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