Pedagogia/UFRGS/Aprendizagens

segunda-feira, setembro 28, 2009

Soluções...???


O educador é de natureza positiva, espera sempre mais. tem capacidade de nutrir grande esperança. Cria estratégias, vive pesquisando o que utilizar, troca muito com colegas e...



"Além destes aspectos, o professor, que se dispõe a trabalhar desta forma, é "obrigado" a buscar a interação e a construir uma relação, o mais positiva possível, mesmo com os alunos que o desconcertam, decepcionam, incomodam ou, simplesmente, com os quais não tem nenhuma afinidade. Deve buscar diminuir a distância existente entre ele e algumas crianças apesar das rejeições, dos juízos de valor, dos rótulos desqualificadores, das diferenças não aceitas que tornam a comunicação difícil e a relação conflituosa, O professor tem um projeto, uma meta e espera do aluno disciplina, trabalho, atenção, esforço e aprendizagem. Estas expectativas criam uma tensão potencial, que se atualiza cada vez que o aluno resiste e não as satisfaz...."


Este processo que acontece dentro e fora do educador, mantendo altas expectativas, pode encontrar autonomia nas formas simples de aceitação e investigação. Na clara observação e no movimento de oferecer a cada peça seu valor estratégico e necessário.



"Adotar uma pedagogia diferenciada significa desaprender, "desconstruir", ultrapassar as práticas antigas para mudar. Isso não pode ser feito de uma forma inconsciente, com rejeição ou esquecimento, mas com integração do passado e com as novas perspectivas; com análise das resistências que temos, dos lutos necessários e dos paradoxos inevitáveis: é necessário seguir um caminho compartilhado, que permita a cada um situar-se, identificar seus próprios bloqueios e contradições como obstáculos totalmente normais, que não podem ser superados por meio de sua negação..."




A relação do educador com suas regras necessita o foco do questionamento diário. É preciso aceitar as falhas. compreender de onde surge aquilo que incomoda, o que bloqueia, o que elabora teses "furadas" para seguir no que não funciona mais. Ahh as teses...Quantas sofisticadas, outras nem tanto, mas todas a favor da continuidade, da relativa tranquilidade. Mas o dia-a-dia exige outra posição.




"Será que é preciso jogar pedras nos professores, culpá-los de não saber aproveitar imediatamente a ocasião histórica de dar um grande salto adiante?
Não seria melhor aceitar a imensa dificuldade da tarefa, compreender que ela envolve uma mudança do ofício e do funcionamento das escolas? Que só é possível combatermos ou defendermos eficazmente o que compreendemos?
Que caminhos podemos trilhar?




Palavra difícil e almejada - Compreender-se !!! A resposta será silenciosa...e a caminhada fiel na relação: mudanças...




"Continuar e ampliar a pesquisa fundamental sobre as dificuldades de aprendizagem e o fracasso
escolar;
• difundir os saberes acumulados na formação inicial e continuada dos professores;
• levar em conta os saberes no momento de conceber e aplicar políticas educacionais;
• mudar nossa relação com os colegas de trabalho e equipe diretiva - agindo realmente em conjunto,
constituindo um sistema de ação coletivo e
• mudar nossa relação com a mudança.




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domingo, setembro 27, 2009

EJA

EJA, CEREJA, PELEJA, SEJA...

Alfabetizar adultos conseguindo “ganhos de conciência” torna-se difícil, pois lida-se com a motivação, com a linha política de cada instituição e mantenedoras. É preciso acompanhar o código novo e tomar consciência de si mesmo.
Em locais de baixa renda e em que a escolarização é caso de sobrevivência, as necessidades destes adultos sem escola é grave. A sociedade impondo níveis cada vez mais altos de aquisição de escolaridade e os grupos se excluindo de trabalho humano, tendo que se sujeitar a trabalhos de muito uso da força física, sendo eles os que menos podem, por questões de idade e saúde, ficando cada vez mais marginalizados e sem perspectivas.

Desprovidos de material técnico necessário, de condições mínimas de trabalho e de um corpo de conhecimento que possa subsidiar os desafios impostos pela prática educativa, tais professores, a grande maioria leigos, são obrigados a aceitar o desafio de escolarizar adultossem o mínimo preparo necessário ao bom desempenho... o
compromisso político de educadores populares com a desenvoltura técnica necessária ao seu bom desempenho é ainda realidade poucas vezes encontrada." Regina Hara
O método para alfabetizar não deve deter importância para nós educadores, mas a capacidade de observação e os vestígios que encontramos na nossa prática.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Professor e Educador

O livro de Rubem Alves aprimora reflexão dos valores...

Educador tem dom, professor tem profissão.

Educador é, professor tem função.

Educador reflete, professor executa tarefas.

Educador tem colega, professor tem chefia.

Educador contempla, professor julga.

Por estes motivos o professor é passível de ser mandado, controlado e vigiado...

Educador é péssimo profissional, nunca está no compasso da escola, pois o compasso que ele dança é o da turma com quem convive.

"Para onde vai o barco? Para onde queremos que o barco vá?"

Rubem Alves - Conversas Para Quem Gosta de Ensinar -



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domingo, setembro 20, 2009

Currículo Integrado



Neste trabalho devemos identificar as influências dos modos de produção nos sistemas educacionais;• Compreender as origens das propostas do currículo integrado;•
Discutiremos os obstáculos da excessiva fragmentação do conhecimento disciplinar e pensaremos possíveis alternativas a isso, entre elas o currículo integrado. Para tanto, serão realizadas duas leituras e uma atividade de estudo de um dos textos. Iniciamos a reflexão sobre a temática “Currículo Integrado” a partir do fragmento abaixo, de Japiassu (1994), que propõe que pensemos sobre divisão das disciplinas escolares, naturalmente aceita como ‘correta’ e ‘imutável’.
“A especialização sem limites culminou numa fragmentação crescente do horizonte epistemológico.Em nosso sistema escolar, “ensina-se um saber fragmentado, que constitui um fator de cegueira intelectual, que decreta a morte da vida e que revela uma razão irracional. A ponto de o especialista não saber nem mesmo aquilo que acredita saber. Essas “ilhas” epistemológicas, dogmática e criticamente ensinadas, são ciumentamente mantidas por estes reservatórios ou silos de saber, que são as instituições de ensino, muito mais preocupadas com a distribuição de suas fatias de saber, de uma ração intelectual a alunos que não têm fome. (...)
É por isso que o interdisciplinar provoca atitudes de medo e de recusa. Porque constitui uma inovação. Todo o novo incomoda. Porque questiona o já adquirido, o já instituído, o já fixado e o já aceito.”
(JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994.)

Interdisciplina: Didática, Planejamento e Avaliação
Alunas: Maria Inês Dalpiás Oliveira eNair Marli Monroe Gonçalves

Diante da inevitável globalização do capitalismo, percebemos que as relações trabalho – educação, assim como as nações, confundem-se, tanto em seus focos de atuação quanto nos métodos e resultados.
A educação vista com olhos voltados à produção, absorvem os métodos já desenvolvidos pelos meios industriais, principalmente aqueles criados a partir das indústrias automobilísticas.
Conforme texto , na Ford a produção era concebida em uma seqüência onde as pessoas realizavam suas tarefas pré - determinadas, sem a necessidade de refletir sobre seus atos, de forma mecânica.
Numa educação mecanicista, os entes que participam da escola não influenciam nos processos educacionais., apresentada por uma verticalização nas decisões, característica pouco democrática.
Neste processo de produção o homem e a máquina se confundem, o homem é a máquina, e como no trecho em que Chaplin cai nas engrenagens, ele passa a fazer parte dela.
Na escola da mesma forma como observamos no filme Tempos Modernos, o homem está a serviço de um sistema, onde não há necessidade de que ele pense sobre o que está fazendo nem sobre o resultado, mas sim que o faça.
A Toyota apresentava uma produção sem necessidade de estoque, pois já trabalhavam com uma variabilidade de acordo com a demanda, diferentemente do método da Ford, o trabalhador possuía ou era estimulado a possuir conhecimento sobre a estrutura da produção, suas falhas prevendo-as e dando sugestões para melhoria do que seria executado e produzindo o necessário no tempo certo, tornando o funcionário um participante e não uma peça.
O saber fragmentado mencionado acima por Japiassu, condena a escola a um viver “encaixotada”, onde se guarda para nunca mais utilizar, retira somente para uma nota, esconde em gavetas tão profundas que nem mesmo ele, o organizador tem condições de achar, se por acaso, precisar utilizá-la. A irracionalidade de que tanto fizemos uso nas salas de aula é uma cultura que devemos mudar imediatamente.
“Na defesa de projetos curriculares integrados, Santomé (1998, p.187) afirma que a utilidade social do currículo está em permitir aos alunos e alunas compreender a sociedade em que vivem”
É preciso aos professores, suporte para perder o medo e investir na necessidade emergencial da escola. Precisamos reaprender a pensar, e conduzir nossos alunos a entenderem onde vivem, como vivem e como desejam viver.
A escola precisa de resgate, não mais os alunos e professores como peças que giram sem saber por quê.
Pessoas resgatadas de suas tarefas de encaixotar...trazidas para funções individuais e intransferíveis, que sabem o que estão procurando, sabem o que já encontraram e sabem do que ainda precisam. Escolares que decidem suas vidas participativamente e para o bem da coletividade.

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sexta-feira, setembro 18, 2009

Projeto: A Escola Que Protege Bullying



Autoras do projeto
Izolete Lazaroto e
Maria Inês Dalpiás
Setembro de 2009





Projeto Bullying: Forma de Violência no Ambiente Escolar
Estudo, Reflexão, Identificação e Prevenção.
Introdução:
As relações sociais surgidas no universo escolar estruturam cultural e historicamente, momentos educativos ou não onde há vivência significativa para a maioria das pessoas que utilizam esse espaço. No entanto, uma grande parte dessas relações, nem sempre demonstram ter uma convivência pacífica como seria desejado em um local de troca de experiências e de possível crescimento do ser humano.
Tradicionalmente considerava-se que direitos humanos e liberdades fundamentais eram direitos individuais, próprios de cada ser humano, mas não das coletividades. Atualmente cresce o consenso de que alguns direitos humanos são direitos essencialmente coletivos, como o direito a paz e a um ambiente saudável. (BRASIL, 1998, p.19).
Disfarçado por brincadeiras aparentemente inocentes, ou “próprias da idade”, o relacionamento discente, muitas vezes atinge pontos de violência moral e psicológica graves. Essas situações, segundo a professora Cleo Fante (2005), precursora dos estudos a respeito do fenômeno bullying nas escolas brasileiras, declinam para conflitos sociais e tensões que podem por sua intensidade e freqüência, afetar tanto o aproveitamento escolar da vítima, como de todo o grupo participante dessas ações.
A forma de apresentação dos seminários e a divisão de tarefas, assim como o envolvimento discente na busca por sua realização resultaram em descobertas e discussões – sobre agressões morais inesperadas até então – dentro de nossa escola, apontando como ressalta Fante (2005), que: “O bullying tem como característica principal a violência oculta.” (p. 74).

Delimitação do tema: Estudar, refletir, identificar e prevenir o fenômeno bullying nas escolas municipais Podalírio Inácio de Barcellos e Idalina de Freitas, ambas localizadas em bairros de periferia do município de Alvorada, RS.
Público Alvo: corpo discente das escolas acima mencionadas, sendo alunos do 1º ano escolar à 8ª série, com idades entre 6 anos e 14 anos, ambos do sexo feminino e masculino, pertencentes, em sua grande maioria à classe sócio- econômica baixa.
Período previsto para a aplicação do projeto: meses de outubro, novembro e dezembro de 2009.

Justificativa
A principal justificativa para a elaboração deste projeto é o objetivo de identificar, prevenir e combater qualquer tipo de violência, principalmente o bullying, entre o grupo discente das escolas municipais Podalírio Inácio de Barcellos e Idalina de Freitas, e também, por entendermos que é possível encontrar meios para dar verdadeiro sentido às relações humanas, quer seja no ambiente escolar, quer seja na sociedade como um todo.
(...) Quando os alunos mudam, não é porque adquiriram um conhecimento intelectual sobre o respeito, mas sim porque descobriram sozinhos quais são suas preferências nos relacionamentos que têm uns com os outros. É muito mais convincente e significativo perceber as próprias preferências do que ser informado sobre quais deveriam ser essas preferências (BEAUDOIN & TAYLOR, 2006, p.182).
Ainda, justificando nossa proposta, por acreditarmos nas relações humanas de um modo saudável e positivo e também por percebermos que, tanto vítimas, quanto agressores envolvidos com bullying precisam de esclarecimentos, estudos e reflexões sobre o quanto é prejudicial para a saúde humana este tipo de violência que permeia os ambientes escolares, por entendermos a importância do papel do professor enquanto educador, nossa prática, os vínculos de amizades que estabelecemos com os educandos, o comprometimento que temos com a educação e por sabermos que só poderemos intervir e agir no momento certo de maneira correta, num ambiente onde haja a presença da solidariedade, do respeito e da colaboração de todos os envolvidos no processo escolar.
"Inúmeros alunos de todas as idades nos disseram que sua ligação com um educador, que tenham tido a chance de conhecer como pessoa, aumentou sua motivação para concluir tarefas e levou-os a nutrir uma atitude mais positiva" (BEAUDOIN & TAYLOR, 2006, p.123-124).
Em resumo, devemos e podemos colaborar, através deste projeto, para um estudo mais aprofundado sobre o bullying, identificando a presença deste fenômeno assim como a prevenção do mesmo em nosso ambiente escolar, tornado-o assim um espaço de trocas e interações, onde as relações humanas sejam significativas e de aprendizado para todos.
Objetivos
Entender e refletir sobre as situações de violência entre o corpo discente, estando atentos para suas significações na tentativa de combatê-las e reduzir sua continuidade.
Mediar, através de temas pertinentes ao conteúdo de formação do aluno, situações onde este possa, de forma crítica e analítica, através de comparação e seleção das estratégias, a que melhor se adaptam a cada etapa da construção de sua atuação nesse processo promover reflexões sobre o bullying.
Demonstrar que o processo educacional pode ser inserido no cotidiano discente, valorizando seu tempo na escola para estímulo e registro dos próprios avanços e construindo de forma autônoma, recursos teóricos e práticos que lhes possibilitem cidadania crítica.
Estratégias
Estudo e reflexão teórica através de textos com os seguintes temas:
Valores sociais e morais.
Diversas formas de violência nos ambientes escolares
O que é o bullying?
De que maneira os alunos se envolvem com bullying?
Quais as conseqüências possíveis para os alvos?
Reflexão sobre como os alunos percebem e seu espaço escolar.
Poesias, filmes, músicas.
Palestras com profissionais especialistas (psicólogo)
Indicadores
1º Questionário para professores e alunos, o qual será aplicado no início do projeto:
a) O que é violência?
b) Você identifica a presença de formas variadas de violência no seu espaço escolar?
c) Quais os tipos de violência são mais freqüentes?
d) O que você sabe sobre bullying?
2º Questionário para professores e alunos, o qual será aplicado no final do projeto:
a) O) que você entende por violência?
b) O que é bullying?
c) Você identifica a presença do bullying no seu espaço escolar?
d) Antes do projeto havia mais ou menos violência na sua escola?
Resultados esperados
Espera-se que com a aplicação deste projeto, haja uma conscientização e empenho entre o corpo discente da escola, a fim de diminuir ou extinguir toda e qualquer forma de violência no espaço escolar, tornando assim nosso ambiente escolar, mais pacífico e harmonioso, onde prevaleça a solidariedade, a cooperação e o respeito entre todos os envolvidos no processo escolar.







Bibliografia:
BEAUDOIN, M. N. & TAYLOR, M. Bullying e desrespeito: como acabar com essa cultura na escola. Porto Alegre: Artmed, 2006.FANTE, C. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas Verus, 2005

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quinta-feira, setembro 17, 2009

Aniversário de Alvorada


Alvorada completa hoje 44 anos de emancipação.
Hino de Alvorada
Alvorada,
Alvorada, terra amada
Valorosa e altaneira
És gloriosa e valente
Com orgulho és Brasileira.
Este povo que trabalha
Seu suor te faz crescer
Força, garra e coragem
O amor faz renascer.
Refrão: Alvorada, AlvoradaSempre um novo amanhecer
És orgulho desta gente
Que te exalta e faz crescer.
Alvorada, brilha forte
Como o sol que vai nascer
Oh cidade abençoada!
És lição de bem viver.
Esta gente hospitaleira
Abre os braços com amor
Faz daquele a quem acolhe
Uma jóia de valor.
Alvorada sempre unida
Sem ter medo de avançar
Faz da solidariedade
Sua luz sempre a brilhar.
Este sol que nos aquece
Clareando em nossa história
Horizonte de esperança
Conduzindo para a glória
Letra de Estelamaris Oliveira Cezar e melodia Pedro Farias

domingo, setembro 13, 2009

Vampiros



"Muitos poucos realmente buscam o conhecimento neste mundo. Mortal ou imortal, poucos realmente questionam. Pelo contrário, eles tentam arrancar do desconhecido as respostas que eles já moldaram em suas mentes: justificativas, explicações, formas de consolo sem as quais não conseguem seguir adiante. Questionar de verdade é abrir a porta do turbilhão. A resposta pode aniquilar a pergunta e o questionador."
Palavras do vampiro Marius no livro O Vampiro Lestat de Anne Rice

Aos dezessete anos li este livro e o contexto que vivia naquele momento era muito complexo, mesmo pra uma adolescente que tinha ido à luta, trabalhando e estudando em POA e Guaíba.
Tudo a um só tempo...aventurando-me ao desconhecido e significando códigos muito diferentes do familiar...


Esta autora invadiu meus questionamentos, meus conceitos de certo e errado, minha visão de um mundo onde o bem o mal eram únicos e infalíveis... colocando todos os meus entendimentos por terra, de forma que tive de me agarrar a tudo o que me restava e reconstruí uma nova configuração, pois prismas estavam ao meu alcance, podia visualizar outras formas e a maioria delas jamais tinham recebido poderes para se libertarem...
Percebi que nos contos de fadas ( e nestes inclui a visão de minha mãe) o bem sempre é o bem e o mal oposto a este e ponto. Através desta leitura, Anne Rice fez com que eu percebesse que tudo neste mundo não é mau o tempo todo e que o bonzinho não permanece assim para sempre. Pessoas são miscelâneas de vida, de acontecimentos e podem escolher, arrepender, decidir o que nunca fez antes e principalmente aprender com o todo.

Iniciar o semestre com este texto foi muito forte, aliás nestes dias do mês de setembro tenho revivido tempos anteriores em que aprendi muito.
Tempos que voltam...

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segunda-feira, setembro 07, 2009

7 de Setembro


Denomina-se Independência do Brasil o processo que culminou com a emancipação política desse país do reino de Portugal, no início do século XIX. Oficialmente, a data comemorada é a de 7 de setembro de 1822, quando ocorreu o episódio do chamado "Grito do Ipiranga". De acordo com a história oficial, nesta data, às margens do riacho Ipiranga (atual cidade de São Paulo), o Príncipe Regente D. Pedro bradou perante a sua comitiva: Independência ou Morte!. Determinados aspectos dessa versão, no entanto, são contestados por alguns historiadores.

O que é reconhecido como texto? Qual minha expectativa?


Com base na leitura do

A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais (DALLA ZEN; TRINDADE, 2002).

Fala-se/escreve-se/lê-se sempre do mesmo jeito? Que diferenciações podem ocorrer em relação à fala ou à escrita?



As “invenções de conceitos” presentes no texto, refletidas através da história pedagógica do nosso país, suas bases e pensadores,levam as autoras em linha reta aos questionamentos quanto ao que é verdade em falar/escrever/ler.
Fazem-nos refletir sobre a ilusão e o real. Sobre a expressão do ser humano e de presença constante desta, na sala de aula. As inovações diante do que “provavelmente” seriam positivas para determinado tempo histórico - social.
Maria Isabel Dalla e Trindade propõem um olhar vivo e envolvido com o todo social da criança ou adulto, em suas relações com a aprendizagem, que sempre diferiram, ao longo da história, nas maneiras de falar, escrever, ler.
As diferenciações que ocorrem fala\escrita\leitura, hoje , atentam para que se possa utilizar um olhar crítico e viabilizar a expressão envolvendo os educandos para que observem as diferentes linguagens e não somente as reproduzam “como deveriam ser”. Pois “ A escrita também não é uma modalidade fixa, não é sempre formal\ sofisticada\ planejada, assim como a fala , não é em todas as situações informal\ coloquial\ e sem planejamento (Kleiman, 1995).

Estas afirmativas de Kleiman conseguiram retirar do peito uma mão opressora de falas, ou discursos, dentro das escolas, de pessoas que se dizem alfabetizadores de nível, que estão sempre a desvalorizar aqueles que sorriem quando lêem kaza (casa), ou euxuoablaót (Eu chuto a bola forte!) e ficam felizes pelas apropriações sensíveis de meninos e meninas com fome...

Este texto traz à tona a realidade de discursos e representações que distorcem quando enfatizam:
- Nossos alunos não sabem ler!


Mais uma vez as certezas provisórias e as dúvidas temporárias, permaneçam como encaminhamentos que contextualizam o indivíduo e o social, procurando seus propósitos e estimulando interatividade para o bem comum, onde todos sejam incluídos.

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