Pedagogia/UFRGS/Aprendizagens

quarta-feira, outubro 29, 2008

Psicologia na 3ª Idade




Procurando a melhor forma de colaborar com o grupo...
Nesta coleta encontro algumas sugestões da professora Ivalina Porto, que tenho o grande prazer de arquivar neste blog:


Sugestões de ações dirigidas à comunidade em geral, órgãos educacionais, instituições sociais e à família do idoso:
a) valorizar o idoso pela experiência, cultura e sabedoria que pode
ser aproveitada em benefício das novas gerações;
b) proporcionar a permanência do idoso no lar e na comunidade,
onde tem oportunidade de receber afeto, carinho e compreensão;
c) permitir a participação do idoso na educação das crianças e
jovens; atribuir tarefas ao idoso, no lar, para que se sinta como membro
atuante e participante;
d) oferecer oportunidades para novos relacionamentos, incentivando-
o a participar de encontros sociais, culturais, artísticos e atividades
de lazer;
e) aproveitar a cultura e experiência do idoso nas escolas, convidando-
o para fazer palestras, participar de debates, entrevistas e encontros;
f) propiciar conhecimentos à população por meio de cursos,
encontros, campanhas e propagandas sobre o processo de envelhecimento, e o tratamento adequado que se deve oferecer ao idoso.


Ivalina Porto Professora de Psicologia do Departamento de Educação e Ciências do Comportamento da
Fundação Universidade Federal de Rio Grande (FURG). Doutora em Psicologia – Universidade
de São Paulo (USP). Gerontóloga pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia

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segunda-feira, outubro 27, 2008

O Tempo da Música, Entrêsvistas!


Produzi três entrevistas muito legais (ou não), dependendo do que podemos sentir ao conferir.

Mª Inês D. Oliveira, Integrante do Projeto “Influência Musical”.

PA: A música sempre fez parte de sua vida?

Maria de Lourdes (82 anos)
Sempre ouvia música desde criança, mas naquele tempo, a música que tínhamos era da igreja. Desde muito cedo gostava da missa porque podia cantar. Um dia, no coral o padre disse que minha voz era danada. Bem, fui deixando a voz de lado. Depois casei e ganhei um rádio. Lindo com botões enormes! Ouvi muitas canções lindas através dele. Sinatra era meu preferido. Meu filho vendeu para uma loja de antiguidades, já não funcionava há muito tempo. Depois que enviuvei continuei ouvindo mais música, pois me fazia bem.

Noeli (63 anos)
Não muito. Porque meu pai era muito rígido e dizia que música era coisa do diabo. Eu sabia que tal coisa tão bela nada tinha haver com isto, mas obedecia. Nunca íamos a bailes ou festas a não ser da igreja. Quando fui morar com minha irmã mais velha, para estudar, pude saber o que era uma música de verdade. Ouvíamos Roberto Carlos, Elvis... e muito mais. Casei e vivi muitos momentos felizes dançando com meu marido em bailes. Mas infelizmente Deus o levou cedo. Depois disso não escuto muita música, para falar a verdade até irrita quando tem festas e preciso estar ouvindo estes sons altos.
Carla (43 anos)
Sempre fez, mas eu nunca aprendi dançar. Minha mãe era doida por música e acordava ligando uma eletrola de disco vinil e nele tocava Roberto Carlos, Os Bertussi, Agnaldo Timóteo, um horror! Eu gostava de ouvir era Caetano Veloso, Chico Buarque, A Gente Somos Inútil, Ultrage, dos ...Nenhum de Nós também gosto muito. Mas eu gosto de ouvir! Nada de dançar.

PA: O que transformou em sua vida ( um tempo, ou um acontecido...) por causa da música ou de uma música?

Maria de Lourdes (82 anos)
Foi quando eu enviuvei. Eu sentia solidão. Filhos casados. Missão cumprida. Comecei a ouvir música e um dia uma vizinha que gostava das minhas múiscas disse que tinha comprado dois ingressos para um baile. Eu pulei por dentro, mas fiquei muito envergonhada. Enfim, fui no tal baile, dancei muito e um dia um senhor muito elegante me convidou para dançar Talismã, da dupla Leandro e Leonardo. Foi paixão, amor. Casamos aos 80 anos os dois e somos felizes demais, por causa da música.

Noeli (63 anos)
Foi um acontecimento. Quando casei, vim para esta cidade e começamos , eu e meu falecido marido a freqüentar um clube. Todos os sábados eu me aprontava linda e íamos dançar. O auge da época era a Jovem Guarda, fevers, Erasmo, Roberto...Wanderléa, eu me vestia como ela, cabelo, aplique, tudo igual. Meu falecido adorava. Fomos muito felizes. Vivi um conto de fadas inesquecível.

Carla (43 anos)
Foi no tempo de colégio. Estudava Química em escola estadual de POA, fazia parte do grêmio estudantil e éramos muito atuantes na política estudantil. E naquele tempo tinha uma música que dizia: Há muito tempo que ando, nas ruas de um porto não muito alegre... Não sou boa com nomes de músicas, mas esta ficou gravada. Fiz uma viagem até Minas num congresso da UNE. Fomos e voltamos cantando. Mas esta ficou como um marco na minha vida como pessoa. Aqueles dias em Minas me fizeram ver o mundo de outra forma. Conheci alunos fortes como Luciana Genro que hoje está ativa politicamente. Posso dizer que aprendi muitas coisas e esta música fez parte desta mudança de menina para moça, que podia pensar sozinha.

PA: Diga uma frase ou palavra sobre música

Maria de Lourdes
“A música traz valores e motivos novos”
Noeli
“A música traz paz”
Carla
“Viver e viver a beleza de ser um eterno aprendiz”

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sexta-feira, outubro 24, 2008

PA - o que sinto?



Traduzindo o sentimento em palavras...

Bem...Para uma pessoa com Plutão na primeira casa, sempre é tarefa difícil.

Quando iniciei o trabalho musical fui consumindo tudo que dizia musical.

Através da pesquisa ( lê, copia, cola, reescreve, digita, apaga...)

Fui construindo novos interesses pela pesquisa. Adorei ler sobre a história da música, som das águas, vento...que o pessoal colocou no texto. Também gostei muito de saber sobre a Ciência do som. Saúde e musicoterapia...
Pude entender realmente a influência da música em nossos corpos quando fiz o curso do CAEF.

A prófe Dária conseguiu transmitir exatamente a sensação da música invadindo nosso corpo. Reconstruiu meus saberes musicais, juntamente com toda busca da pesquisa.

Entendo que a música com suas batidas, vibrações ou compassos, são energias em forma de ondas que atravessam o espaço e infiltram-se pela pele, tomando conta de tudo, fazendo o corpo balançar a seu comando.

A influência que as músicas têm sobre os humanos...

Uma mágica invisível, mas que pode ser medida, comprovada e principalmente apreciada.

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quinta-feira, outubro 16, 2008

Educação



A vida em uma sala de aula





" Todo dia a mesma coisa: o aluno chega na sala, deixa a mochila e sai. Quando toca o sinal, surge dentro dele uma agonia: tudo de novo!


O primeiro professor entra na sala com um sorriso amarelo, fingindo que está tudo bem, enquanto na verdade, está apavorado com a agitação. Dá a sua matéria (às vezes dá até pra dormir). O aluno cansa: sempre o mesmo repertório. O tempo parece não passar e o professor não se cansa de falar. Finalmente acabou o período: dá um alívio. Quando o papo começa a engrenar, chega o próximo professor. Tudo de novo: o mesmo sorriso amarelo fingindo que está de bem com a vida, o mesmo jeito chato de explicar o conteúdo e a mesma maneira de punir os alunos pelas conversas...


... Ao chegar em casa, mais um risco no calendário, menos um dia para chegar as férias. " ( Sérgio Brandão- Aconteceu na escola- Editora Ísis/ 2004)

Brandão traz estas "marcas" que a escola em diferentes épocas pôde deixar. Estes riscos não podem virar rabiscos atuais, pois com toda certeza é na escola que tudo acontece.
Todos os momentos são significativos, portanto devemos respirar amor.

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domingo, outubro 12, 2008

Dia de Criança!




Criança feliz


Feliz a cantar


Alegre a embalar


Seu sonho infantil...

Leis Sistêmicas do Instituto Matrístico




O conviver cultural é sempre responsabilidade individual


Ximena Dávila Yañes
Humberto Maturana Romesin
Instituto Matrístico – 2003.

a) Lei sistêmica 1: as leis sistêmicas são abstrações das coerências do viver do observador.
b) Lei sistêmica 2: cada vez que em um conjunto de elementos começam a conservar-se certas relações, abre-se espaço para que tudo mude em torno das relações que se conservam
c) Lei sistêmica 3: o porvir histórico da humanidade não segue nem nunca seguiu um curso definido a partir dos recursos ou oportunidades como se esses fossem em si, tem seguido um curso continuamente definido a partir das emoções, dos gostos, preferências ou medos, a partir dos desejos. Nada é um recurso ou uma oportunidade em si, algo será um recurso ou uma oportunidade somente se nós o desejarmos.
d) Lei sistêmica 4: As conseqüências de um processo não participam em sua gênesis.




- Nessas circunstâncias, nosso verdadeiro tema é que queremos conservar no porvir do nosso viver humano. O que se conserva define o que pode mudar.
- Toda transformação cultural ocorre como uma mudança na configuração do emocionar que define o que se conserva e para tanto o que pode mudar. Toda mudança cultural é uma mudança no emocionar.
- O que queremos é uma mudança cultural. Porém, se não soubermos que o que define uma cultura é o emocionar que seus membros geralmente a conservam com seu viver ao viverem nela, não poderemos fazê-lo...
- e não poderemos fazê-lo porque colocamos nossa atenção naquilo que queremos mudar, gerando oposição, e não naquilo que queremos conservar gerando inspiração.











Estes conhecimentos gerados através das leituras reflexivas do texto "Transformações na convivência segundo Maturana" - Luciane Corte Real, professora da Universidade do Rio Grande do Sul de Psicologia no Curso de Pedagogia 2008 - Trazem muitas informações, carregadas de emoções, por este tanto diferencial, que com toda certeza fez-me entender os caminhos por onde trilhar dentro desta interdisciplina.

No DIA DA CRIANÇA, uma homenagem adulta,refletindo o futuro, através da aprendizagem...

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Lembrei da Conceição!



TRANSFORMAÇÕES NA
CONVIVÊNCIA SEGUNDO MATURANA

Luciane M. Corte Real


"Na “Biologia do Conhecer”, o conversar é o entrelaçamento de duas ações o linguajar e o emocionar. O linguajar, como fenômeno biológico relacional, é a coexistência de interações recorrentes, sob a forma de um fluxo recursivo de coordenações de coordenações comportamentais consensuais."



. “Ao viver, fluímos de um domínio de ações a outro, num contínuo emocionar que se entrelaça com nosso linguajar” (MATURANA; ZÖLLER, 2004, p. 9).




"Podemos observar redes de conversação que configuram relações hierárquicas baseadas no medo. Outras, que configuram relações mais heterárquicas, baseadas no amor. Se levarmos isso ao cotidiano das relações entre educadores e educados, também podemos verificar que tais emoções condicionam posições frente à aprendizagem, facilitando-a ou dificultando-a." (CORTE REAL)




Retomando este texto novamente , posso entender que as relações estão para serem questionadas o tempo todo.


Eu tive uma professora de Língua Portuguesa, no Magistério, chamada Conceição, não lembro o sobrenome, e esta professora sempre, mas sempre em suas aulas dizia:


- Pergunta de novo!


- Agora tens certeza do que te expliquei?


- E agora tens certeza de que te falei a verdade?


- Não deves acreditar simplemente. Deves questionar mais de uma opinião.




Achava aquilo muito chato, pois eram perguntinhas simples que estavam dentro da Hildebrando (gramática de uso diário). Pois eu sempre ia conferir mesmo.




Quando estava no 3º ano do curso, entendi que ela estava despertando meu senso crítico e que havia conseguido.




Eu nunca mais deixei de questionar a vida. Entendi que fui educada para ficar quieta e calar a boca, para não querer saber mais nada além do que era oferecido no momento e acatar o que me era dito.


Conceição me libertou deste medo.


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terça-feira, outubro 07, 2008

Projeto Político Pedagógico






A procura do Projeto Político Pedagógico da escola em que trabalho deparei-me com uma séria conclusão: O PPP não estava acessível e nem divulgado no meio escolar.

Comecei leitura e estava a lembrar-me o tempo de sua construção.

Estava feliz, porque havia feito parte de todo o processo.
Porém observei que, com o passar do tempo, muitas coisas tinham modificado, inclusive através de assembléias, mas não repassadas para o PPP.

Após lembrei do momento em que recebemos, prontos, para cada escola, os Regimentos Internos. Estranho... O regimento seguiria a seqüência de construção coletiva e...do vazio...surgiram prontos. Já reproduzidos.

Ao comparar as duas fontes, pude perceber que eram fiéis um ao outro.
Agora fico a refletir...
Estou junto do processo e o PPP é o Norte de cada escola.
As bússolas estão para traçarmos metas e por conseqüência promover encontros...


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domingo, outubro 05, 2008


Música Imaginária




“Penso ouvir a pulsação atravessada,
do que foi e o que será na outra
existência, é assim como se a rocha dilatada,
fosse uma concentração de tempos.
É assim como se o ritmo
do nada, fosse sim, todos os ritmos por dentro,
ou então como uma música parada,
sobre uma montanha em
movimento.”

Chico Buarque