Pedagogia/UFRGS/Aprendizagens

domingo, maio 30, 2010

reflexao 24 a 28 maio


Na 2ª feira reuni um grupo de cinco alunos e colocamos as postagens em dia, pois como já falei, há somente dois pcs que não foram bloqueados.

Reuni material que produziram e estes digitaram em blog, ainda necessitando de ajustes, para publicação.

Além da pesquisa do fotógrafo Emoto, a qual foi colocada em blog.

Entre eles trocaram idéias sobre palavras com ortografia correta. Quando não havia um colega com certeza total da grafia da palavra, me chamavam. Achei esta atitude muito interessante, pois estão sentindo segurança no grupo (o que não acontecia antes, no princípio do estágio).

Escutamos Funk, aos quais, entre os alunos mesmo, disseram que não haviam frases com palavrões. Percebi que a turma ficou muito excitada, no princípio, mas depois aos poucos acalmavam-se, trabalhando em tarefa simples de cópia do texto, que após discutimos.

A música acalmou, ajudou, sensibilizando e acionando a produção, que parecia complicada, no sentido, de que detestam copiar textos.

Eu nunca havia trabalhado desta forma e sempre achei que música e tarefa escolar não combinavam, mas neste caso (durante a cópia de texto do quadro) foi relaxanbte e em nada atrapalhou o rendimento.

Esta atividade me fez aprender a ousar. Minha "trava" está relacionada ao medo de perder completamente o controle. Pois esta turma é muito(agitada e descontrolada), ou era... pois o professor Nestor e Tanara não acharam que fosse um grupo exagerado, pelo menos durante as visitas ninguém "atacou" ninguém... Como já disse antes, eles estão melhorando no comportamento e na agitação. Tanto que foi notado pelos professores.



A atividade de construção de jogo dramático sobre o tema: Jesuítas e as Missões foi interessante e apesar da vergonha um grupo se apresentou.

A menina era o jesuíta que dava aulas aos adultos, crianças e jovens indígenas.

Valeu a ótima intenção!

A relação do grupo foi daqueles que gostariam de se apresentar, pois os grupos formados inicialmente para produzir a tarefa não se concluíram por vergonha. Assim os "destemidos", uniram-se e montaram a apresentação.

Esta atividade é uma das utilizadas em minha prática anterior ao PEAD.

Aaprendo sempre com ela, pois conseguimos visualizar o entendimento das crianças através de suas interpretações.

É impossível esquecer o que relataram em apresentação e aos demais, impossível esquecer o que visualizaram.

Quando montaram o mapa do RS em E.V.A. (aula de artes nas 3ª feiras) com os povos das missões. Consegui perceber suas noções de espaço e limites.

Foi possível observar o auxílio entre alunos, pois alguns faziam seus trabalhos, sem perceber a distância entre os pontos. Outros conseguiam ter noção de espaço e assim trocaram informações, de modo que através do auxílio mútuo, todos conseguiram demarcar as cidades jesuíticas no mapa.

Ficaram bonitos os trabalhos, além da aprendizagem de localização dos Sete Povos das Missões, foi construída a noção dos limites do estado do RS. Voltaram a atenção para Uruguai, país que representaremos na "Copa Idalina".

Na quarta feira dia 26 de maio era o prazo para entrega dos livros que as meninas levaram para ler: Ana e Júlio nos Sete Povos das Missões de Flávio Aguiar e Lydia Coutinho Rosado.

As meninas escolheram um dos títulos e fizemos um resumo no quadro. Todos copiaram.

Esta atividade em grupo dá muita bagunça, porém elas decidiram, finalmente. E iniciamos a segunda fase que também foi demorada, porém bem menos que a inicial.

Percebo que as meninas (grupo de leitura) são mais desligadas umas das outras. Parecem mais auto suficientes, tentando se sobresair umas das outras.

O resultado foi surpreendente, pois conseguiram montar um bom resumo e melhor, havia ligação intensa com a aula do dia anterior. Elas decidiram sobre o Texto de Simões Lopes Neto:

"O Angüera"

Esta atividade, apesar de grande tempo despendido foi de grande resultado também. Nunca havia dividido grupos de meninos e meninas para tarefa de leitura, desta forma. Elas não sabiam que deveriam construir um resumo. Gostaram do resultado também.

Os meninos, um tanto sem paciência com a organização, conseguiram esperar, sem criarem brigas ou confusões, se interessavam pelos livros que , agora, iriam para suas mãos.

Mais uma vez a autoria traz benefícios a todos. Pois sentem orgulho pelo trabalho e é um material que pode ser usado por outras turmas. Tanto pela simplicidade, como pelo valor de aprendizagem e, em grupo.

Eu, quanto aluna, aprendo que a autoria é o caminho para sucessos, pois fornece maior valor ao autor, aumentando sua auto estima, intensifica o desejo por outras investigativas e potencializa o trabalho, de modo que há energia para outros mais.


*Foto das meninas na construção do texto "O Angüera"

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quarta-feira, maio 26, 2010

Semana de 17 à 21 maio do estágio...


Na semana, fizemos o levantamento do material sobre as entrevistas, o que surpreendeu, pois surgiram alunos interessados na atividade após a ida na 6ª série. Assim as fizeram em casa, trazendo resultados.
Nesta atividade, a qual nunca havia trabalhado anterior ao PEAD, posso identificar o quanto os alunos sentem a necessidade da aproximação entre turmas de séries diferentes.
A curiosidade do que aprendem, do seu ambiente, professores, da postura...
Foi gratificante quando os alunos da 6ª série sentiram orgulho da nossa 4ª série, por estarem construindo material para um blog. A responsabilidade aumentou.



As aprendizagens com tabelas foram bem construídas, pois conseguem agrupar o todo e depois desmembrar em frações, sempre voltando as anotações.

O que demonstra o estágio, segundo Piaget,

do desenvolvimento da criança com idade entre 7 e 12 anos, que começa a fazer uso de espaço, tempo,ordem...

com certa abstração, o que se observa pela manipulação do material coletado, que é sua realidade.

Após as coletas os alunos divididos em grupos construíram as tabelas demonstrando entendimento do conteúdo e as relações com o meio.

Nunca havia trabalhado antes em minha prática, com estas tarefas( entrevistas e tabelas).

Pude conferir na prática, que quando o aluno fica na posição de agente da ação, as aprendizagens são livres, espontâneas, fluindo naturalmente para outros questionamentos, por exemplo: Uma menina após as entrevistas (ela não realizou, por vergonha) pede para construí-las em casa com seus parentes. Este estímulo na sala, foi o que levou a sua posterior investigativa.

Portanto o objetivo foi alcançado, da mesma forma.

Esta mesma aluna constrói suas tabelas e é lider em seu grupo.

Outro momento importante da semana foi a leitura da Carta dos Europeus Sobre a Água - 1968

Em que buscaram no livro de Geografia material para encontrar a Europa.

Este link de grande importância para as aprendizagens me deixou muito feliz.

Realmente eles começam a traçar as idéias na sala, com as aprendizagens escritas, buscando informações em fontes diferentes.

Esta curiosidade é relatada por Paulo Freire como mola impulsora da aprendizagem, onde há pesquisa, há escola - aprendizagem e vice versa.

Eu quanto professora nestas atividades pude sentir e aprender a respeitar o tempo de investigativa. Em outras épocas de minha prática, teria mostrado antes das investigativas, onde estava a Europa. O que é um "talho" na aprendizagem.

Após sugeri uma montagem de linha do tempo, em que construíram a idéia de quando foi escrita a carta em relação ao nosso ano. Alguns falaram na idade dos pais e no ano que os pais nasceram.

linha do tempo,

Vale dizer que os alunos continuaram a linha e as tabelas nos mesmos grupos e pode-se avaliar o envolvimento no trabalho através do quadro avaliativo.

A turma quando trabalha em grupos custa muito a concluir as tarefas. Fico no aguardo das entregas de gráficos e linhas do tempo...

Durante esta semana aconteceu algo que espero há algum tempo. O menino que sabe muito da internet e computadores, trouxe uma"Dica Para Não Pagar Mico"*

Ele falou somente. Não trazendo por escrito. Então tivemos que construir juntos o texto, o que foi melhor ainda.

Como colocar som no seu pc

" Escolher o som no pc, que deve estar em alguma pasta.

O caminho é o seguinte:

1 iniciar

2 configurações

3 painel de controle

4 sons e dispositivos de áudio

5 sons

6 eventos de programa

7 procurar

8 você procura o que escolheu e dá ok"

Todos perguntaram como o Vitor lembrava, ficaram admirados.

Vitor com seus saberes sobre tecnologia, nos proporciona aprendizagens.

E posso dizer que esta forma de espera, não fazia de minha antiga prática escolar. Sempre atravessava as expectativas e falava.

Hoje entendo que a espera e o objetivo alcançado, entre eles é muito valioso.

Bem mais consistente do que uma professora transbordando o que aprendeu.

É possível visualizar carinhas interessadas e aprendizes reais.

Sinto que não esteja conseguindo postar aqui o que realmente tenho realizado de esforços e o quanto eles já estão demonstrando mudanças relativas a reflexões, debates e principalmente expressão de suas opiniões.


Hoje consigo questionar este ato e avaliar que os estudos em PEAD me fazem ir e vir em minhas aprendizagens.
Outro dia da mesma semana pedi a nossa merendeira Léo que ajudasse na apresentação dos estados da água. ela veio com muito gosto.

Usou os termos "temperaturas baixas e altas", como base para as mudanças de estado da água.

Eles fixavam os olhos encantados, ouvindo tudo com maior atenção.

O grupo que tem pouco interesse nas aulas se voltou para a visita e ouviu tudo.

Aprendi com esta prática, que o fator inusitado é um estimulante natural.

As aprendizagens simples, tantas vezes repetidas desde a 1ª série, receberam nova cor. Principalmente vinda de uma pessoa especial como dona Léo.

Na 5ª feira fui ao A.I. e descobri que dois pcs não estavam bloqueados, para meu grande alívio.
Assim levei quatro alunos que haviam criado seus textos sobre a água, com conhecimentos adquiridos na semana e postaram em blog.
Os demais fizeram aula de conto com a professora da biblioteca.
No nosso retorno, estavam recontando a história ouvida:

"A Formiga e o Grão de Trigo" de Leonardo da Vinci
Pedi que escrevessem a história da forma que quisessem:
modificando o final, preservando exatamente como ouviu, ou mudando tudo que achasse necessário.
fizeram muitas histórias interessantes:

Esta atividade tem algumas diferenças de minha prática anterior (PEAD).

Pensava que produzir textos quando ouvidos deveriam ser o mais próximo possível, mas hoje tenho a compreensão de que quanto mais autoria estiver presente, mais será positivo e alcançado o conhecimento, pois quando se "lê o mundo e o transforma" , assim diz Paulo Freire, inserindo códigos de sua própria vida, mais apresenta saberes adquiridos. Saberes realmente utilizados em suas vivências e para seu próprio benefício e dos demais.


Na sexta feira os alunos trouxeram um gelo com palavra dentro, e eu levei dois blocos de gelo.

Observamos as diferenças no gelo, quando a palavra foi positiva e quando foi negativa.

Alguns disseram que não tinha nada a ver, outros observavam bem de perto. O interessante foram as falas:

"Quando o gelo se forma ele pega as forças da palavra?"

"Eu não acredito."

Falei da experiência como válida e passível de ser feita em casa por todos. Repetir muitas vezes para chegar a uma conclusão.

Nesta tarefa, percebi o quanto há necessidade do incentivo às descobertas. Eles queriam saber mais e para isto precisariam buscar informações novas. Precisariam investigar muitas vezes para concluírem se acreditavam ou não.

A investigativa coo fonte de saber novamente prende, eleva a vontade e abre caminhos para conquistas.

Então dei o nome Masaru Emoto para que investigassem a respeito.

Esta tarefa foi blogada em:

http://ligadanaturezaturma41.blogspot.com/2010/05/agua-leva-forca-do-pensamento.html

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domingo, maio 16, 2010

Mídias e Tecnologias Digitais em Espaços Escolares

Nesta semana inicieia interdisciplina:
EDUAD – 041 – Mídias e Tecnologias Digitais em Espaços Escolares





ELETIVA - CARGA HORÁRIA 30 horas – CRÉDITOS:02
SUMULA

Disciplina de caráter teórico-prático que visa estudar os processos pedagógicos da mídia e das Tecnologias digitais e suas implicações/relações no que diz respeito ao ensino e aprendizagem escolar.



OBJETIVOS

Experimentar e analisar as contribuições de diferentes mídias, apoiadas nas tecnologias digitais, com respeitos às possibilidades de favorecer a construção de conhecimento, ao desenvolvimento da autonomia e o favorecimento da aprendizagem cooperativa.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. A Internet como fonte para recuperação de informação e apoio à formação continuada;
2. Autoria e publicação usando diferentes mídias, como suporte à construção do conhecimento, apoiadas por ambientes virtuais;
3. Construção de Jogos multimidiáticos como suporte ao desenvolvimento da autoria;
4. Atividades Cooperativas apoiadas em ambientes virtuais.


METODOLOGIA

· Produção individual e coletiva de materiais de apoio à aprendizagem, voltados para as séries iniciais do ensino fundamental;

· Revisão por pares;
· Debates e sínteses;

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

· Apresentação das produções individuais;
· Participação nas atividades de revisão;
· Participação no debates;
· Participação nas atividades online;
· Apresentação de registros e reflexões no diário de bordo.



Reflexão da semana 10 á 14 de maio


A semana foi diferente, mais reflexiva, mais "conjuminada", como diria uma tia-avó.


Percebi os alunos experimentando a sensação de misturarem as coisas que pensam e dizem, com as escritas de folhas e cadernos em sala de aula. Pude perceber isto nas opiniões escritas por eles.

Isso para meu trabalho foi uma grande conquista.

Ler opiniões que realmente expressam as idéias, os desejos ou aflições são momentos carregados de emoções variadas.

Estou satisfeita, pelo andamento desta semana.


Quanto a falta de comprometimento de alguns, que atrapalham o andamento dos que querem trabalhar, fiz fala, digamos... imperativa na 3ª feira. Pois exigi que em nada mais nos perturbassem, e que eu estaria presente e atuando com aqueles que estavam com vontade de viverem a 4ª série,. Quanto aos aos demais... Penso que o "gelo", serviu.

O respeito e o envolvimento nas atividades melhoraram.

As turmas com número muito grande de alunos é um ponto muito negativo para as construções.

As turmas com idades diversificadas trazem perturbações por desinteresse seja de ordem emocional ou cognitiva. Eles vivenciam experiências adversas. Nesta turma posso visualizar este quadro: meninos e meninas maiores pensando em namoro e o imenso vazio que estão sentindo com relação às famílias (comum nesta fase) . O interesse pelo que é mais agradável deixando de lado, sem pestanejar, as situações que exigem mais disciplina e tempo, como as escolares. E aqui penso ser necessária a minha constante presnça para lembrarem que é necessária sim, a escola.

E os menores, mais ingênuos, mais interessados nas aprendizagens novas, com sua curiosidade os levando para conquistas. Sem a ebulição hormonal que atinge os citados anteriormente. Com seu apego à família, ainda levando suas angústias aos pais, que assim se unem através dos questionamentos e a ligação é mais forte (próprio desta fase).


Desta forma a professora precisa observar tudo e todos, proporciona inúmeros acontecimentos na sala de aula, faz falas diferentes que hoje atingem alguns e amanhã outros, num embalo que tonteia! Não é possível negar.


Nas "Dicas para não pagar Mico" , tarefa que realizamos nas 3ª feiras fiquei bem surpreendida, pois o aluno que na semana passada, reclamou muito da ida ao A.I. dizendo que em casa é melhor, trouxe uma dica que foi copiada por todos.

Sobre o shared e suas possibilidades enquanto o pc esteja em risco.

Os outros ficaram surpresos pela habilidade que ele tem com pc e eu pela sua colaboração inusitada. As tecnologias finalmente o chamaram para a vida escolar. Pelo exemplo de seus saberes, pôde auxiliar a turma, finalmente. Esperei bastante por este momento. Estou feliz!

O not book (da escola) poderia ser meu aliado fiel, caso não fossem bloqueados os recursos de blog, g mail...internet, basicamente, pela secretaria de Educação.

E assim na 3ª feira quando programei um slide de Portinari com as imagens dos Retirantes e este não abriu, tive que espalhar pela parede o ppt, que resolvi imprimir na noite anterior, só por segurança.

Falamos sobre a falta da água em outros estados e que o artista retratou, nos Retirantes.

Um aluno disse que não havia gostado do artista, porque só pintava coisas feias. Assim expliquei que não só feias e que ele também fez desenhos lindos de crianças,felizes em sua terra natal.

O menino disse que queria ver.

Prometi assim que desse para abrir net

Mas falei que ele estava denunciando a falta de cuidado, que nós temos uns com os outros. Concordaram. Ficaram pensando como ajudar quem está sofrendo. E assim meu objetivo estava alcançado.

"Graças a Deus aqui não falta água assim, profe!"

" Eu já vi esta foto no livro"

" Eles não cuidavam da água deles professora?" E esta pergunta rendeu assunto sobre espaços diferentes no país.

Foi produtivo, todos perguntavam sobre o tal artista:

As releituras ficaram muito boas, mesmo com pouco tempo de trabalho foi bem produtivo.

Diziam o tempo todo estar gostando do que faziam.

Após houve reunião pedagógica e foi relatado por outros professores esta falta de comprometimento dos alunos das 5ª séries em diante. Minha preocupação aumentou.

Falavam em diversificar a aula, mas se na turma de estágio há um nível de aula diversificada bem amplo, com relação as aulas diárias da escola e não há interesse por número grande de crianças...

O que pensar?

Pensar em suas aflições como pré adolescentes?

Buscar ajuda de profissionais? Foi uma sugestão minha em reunião.

Outra foi incentivar a leitura, com "campainha do livro", para que durante o turno,ao sinal, combinado, seria o momento da leitura. Pois comentam que as produções textuais da 5ª em diante está péssima.

Foram aceitas.

Na 4ª feira, inalmente vi o trabalho se desenvolver!

Abri o blog todos logados conseguindo postar, uma beleza! Isto aconteceu com o uso de firefox. Não sei se há algo importante nesta informação, mas assim mesmo escrevo aqui.

A conversa no dia anterior parece que ainda prevalece. O respeito está sendo construído.

Iniciaram o dia e todos, sem excessão, leram site da água de 2 feira,( oqual não havíamos feito) adoraram, porque foi feito por alunos da 3ª série. Leram tudo que havia na aba da direita e anotavam muito.

Pedi que escrevessem sobre a água para postarem em blog.

Assim o fizeram.

As postagens foram simples, mas como já avaliei anteriormente, percebo que agora, os alunos conseguem entender o quanto é aprender, tanto nas salas de informática, de multi mídias e biblioteca. Antes se percebia que era "saída da sala", nada a ter de ligação com a aprendizagem.

Ouviram a musica de Guilherme Arantes e gostaram, evidenciando isto, através de falas e embalos, pedindo para ouvir o velho funk. O que desviei, demonstrando interesse, mas que tínhamos pouco tempo no A.I. O que não era mentira, mas preciso me preparar para escolhas de funks que não sejam negativos ao comportamento. Pedi que trouxessem cds e que eu ouviria, após ouviríamos. Penso que há letras que em nada acrescentam, pelo contrário. Estimulam a sexualidade e os palavrões como banais.

Após fomos para sala de aula e tratamos de solucionar algumas dificuldades pedidas por alguns alunos: Classificação de palavras em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.

Quatro crianças pediram ajuda e assim achei que era mais apropriada a revisão do que a escrita da música.

Usamos falas de alunos que entenderam, para dar a explicação e escrevê-las no caderno:

"Oxítonas: são aquelas palavras em que "a" (sílaba, eu inseri) mais forte é a última que a gente escreve."

Aqui foi mesmo muito surpreendente o aprendizado. Pois ouve uma percepção e explicação que não aparece nos livros didáticos. E nem mesmo as professoras falam.

Qual é a última sílaba?

"Aquela que eu escrevo por último."

E neste momento deu para compreender em que entendimento eles andavam. Alguns realmente confundiam atrás e última.


Na 5ª feira nos concentramos nas leituras das opiniões dos alunos a respeito das releituras e de Portinari.

Li cada opinião em voz alta, sem dar o nome do aluno e ao final perguntava a todos se tinha sido bem explicada.

Eles gostam muito deste momento, alguns se identificam quando a leitura é feita outros ainda não, não questiono o motivo. Respeito seus desejos.

Após coloco no quadro o número de palavras que a pessoa "trocou as letras" e escrevo no quadro as palavras com ortografia correta, somente.

As quais, depois, foram classificadas em ox. parx. e proparox.

Falo se utilizou o parágrafo corretamente.

Nesta tarefa aprendi muito. Consegui resolver problemas simples, como ortografia insistentemente incvorretas, transformadas, através da conversa e avaliação oral. Muito interessante este tipo de trabalho, em grupo aberto e invesrtigativo.

Foram opiniões muito melhores em conteúdo do que as últimas lidas na sala. Penso que eles se estimulam a escrever porque querem receber os elogios e investigarem entre os colegas, sobre como estão se expressando. No geral foi muito legal. Apesar de que, novamente somente seis entregaram o material (três a mais do que a anterior). Espero que o número cresça.

Assistiram o filme: Ilha da Imaginação.Com a professora substituta, por algum tempo. A qual reclamou muito de comportamento da turma.

Penso que a dependência de comportamento, baseada neste ou naquele momento, nesta ou naquela presença, ainda é uma constante nesta turma. o que me faz andar um passo à frente e outro para trás.

Na 6ª feira iniciamos o dia com conversas intensas sobre o comportamento do dia anterior. Esclarecimentos sobre o que é realmente uma mudança de atitudes, o que ela traz de positivo.

Um aluno, se comprometeu em mudar, pois a professora tinha lhe dito que ninguém queria ser professora dele. No princípio ficou revoltado, dizia que estava bom daquele jeito, que ele não se importava...

Após muitas respostas e convencimentos, sobre a vida dele necessitar de estudo e, usando o conhecimento da família dele, disse o quanto a mãe necessitava que fosse bem sucedido nesta vida e que tudo começava na escola.

Não sei bem, mas pareceu comovido e propos uma mudança. A qual eu estaria perto para assistir.

Outra atividade que me fez bem feliz, porque inovei em minhas atitudes como professora, foi com as entrevistas na sala das turmas de alunos maiores.

Pude perceber ganhos em ambos os lados:

Alunos interessados, respeitando os outros menores, o que se observa nesta escola é o contrário. Porém aqui vimos o oposto. O que nos deixou (eu e o professor da turma) muito felizes.

Meus alunos interessados, cuidando da ortografia, pois estavam na sala dos maiores,a entrada no ambiente alheio com cuidado e respeito e principalmente a tarefa sendo realizada com gosto.

Foi bem interessante, comportaram-se muito bem. O inusitado sempre surpreende.

Observei interesse em responder as próprias perguntas e levá-las aos de casa.

Alguns debocharam no retorno à sala.

Na sala falei sobre os meios que os adolescentes usam para sentirem-se melhor que os outros. Que estavam errados, pois muitos adultos crescem achando-se feios, ou "burros", ou estranhos por causa destas formas erradas de se comunicarem. Dei outros exemplos, que pareciam inofensivos que ocorrem na sala, que escuto, e nada digo. Relatei.

As pessoas precisam de falas boas, para se desenvolverem e não de palavras negativas.

Fiquei satisfeita esta semana. Apesar de tantas cenas de violência...

As produções estão melhorando gradualmente. Mas o principal acontecido, que me deixa feliz são as ligações que conseguem fazer entre a vida diária e a vida escolar.

Esta semana finalmente consigo fazer reflexões positivas e isto está reforçando as mudanças como profissional. Todas as atividades novas, das quais nunca havia utilizado e que me propus neste estágio, sendo visualizadas com muito aproveitamento.

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domingo, maio 09, 2010

4ª semana de Estágio


Através de novas investigações a respeito dos desejos dos
alunos, em dar continuidade
ao processso estudo de caso do arroio, cheguei a conclusão,
feliz, que querem ainda seguir o que começamos.
Os alunos falaram em música, gostariam de cantar músicas.
Propus que podemos encaixar a música
em nossos estudos do arroio.
Basta trazerem o material e vamos
ver no que vai levar.
Minhas orientações era sobre algo que mereça nossa preocupação.
O grupo que fazia parte do ano anterior foi unânime em dizer, que o arroio
é caso grave de se estudar, mas principalmente de se investir em visitas, explicações aos que ali depositam lixo.
Uma reflexão interessante foi de uma menina que falou:
“Não são só as pessoas que moram por ali que põem lixo, é até o contrário, pois são pessoas que tem carroça.
Eles cobram para carregar o lixo das pessoas e elas sem saber pagam para sujar o arroio.”
O que fazer então?

“devemos ter uma guarda para cuidar disso sempre.”

“Vamos fazer uma passeata e dizer para as pessoas cuidarem dos carroceiros e espantarem”

“Isso!”
"Vamos fazer passeata sempre profe, porque tem muita gente que não ouviu ninguém explicar que é um arroio e não um valão."

Estes questionamentos me deram injeção de ânimo. Troquei os alunos para grupos de três, a conversa aumentou bastante, porém preciso fazer mudanças para experimentar, esperando pontos positivos.

Nesta semana estão menos agressivos, exigi respeito a duras penas.

Realizamos reflexões e avaliações em todos os sentidos, nas quais relataram que realmente,
estão fora da medida, no sentido da compreensão e respeito.

A falta de oportunidade no A.I. rendeu alguma mudança. O que me fez pensar sobre questionamentos iniciais no pead, em que falávamos em limites, presença de professor, como orientador e coordenador das combinações. Não gosto de ser ríspida, nem de falar alto. Mas esta turma exige muito a autoridade.

Realizaram a avaliação da higiene da sala, em que foi muito enfatizada a colaboração, como necessidade diária.
Notaram "que os alunos Pedro e o William sempre recolhem a lixeirinha para não espalhar pela sala" falaram dos dentes, que todos escovam, felizes, após o lanche. Algo que sempre conseguem fazer é apontar o outro. Falaram em "dois colegas que não gostam da escovação". Deram nomes, foi inevitável. Um deles não se defendeu outro disse que não gosta mesmo, mas que escova sempre. É sempre surpreendente a capacidade de apontar erros alheios no meio escolar. Enquanto eu insistia em que falassem sobre eles mesmos, mais apontavam para o outro.
Registramos e coloquei cartaz na sala.


Os alunos completaram seus trabalhos de A.I., depoimentos, usando assim duas idas ao ambiente. O que atrasou muito os acontecimentos.

Postar em blog o material depoimento do arroio, foi difícil. O blog não abria para visualização ou postagens, por isso usaram Word e eu, em horário extra sala, coletei com pen drive, pois não foi viável o uso de todos ao mesmo tempo, como havia planejado.
A minha coleta não foi fácil. Os momentos em sala de aula são intensos e não há espaço. A hora atividade está acontecendo de forma muito devagar na escola, com o que não se pode contar.
Foi bem complicada esta ida ao A.I. O rendimento foi pequeno.

Assim criei o blog e coloquei o material deles. Sem o uso da ferramenta pelos alunos.

O meu planejamneto para o A.I. ainda está extenso, não é compatível com a realidade. Eu gostaria que tudo acontecesse, mas não é nada como a vontade.

Avaliaram as idas ao A.I.:
"Fomos poucas vezes por dois motivos: falta de horários com responsável e falta de comportamento dos alunos".
“Lá a gente usa tudo do computador, é legal.”
Lá é difícil mas eu gosto.”
“Eu já sei tudo não quero ir mais, lá na minha casa é melhor.”
“Eu adoro professora”

Percebi que a maioria ficou envolvida, com o estudo do arroio, a partir dos questionamentos iniciais desta semana.

Em determinado momento, no retorno do a.I. a turma estava bem agitada e não conseguia voltar ao trabalho, então inseri uma história retirada do livro Raízes de Alvorada, que falava da escola Idalina quando iniciou.
Um ex aluno conta como foi estudr na Idalina há muitos anos atrás, relatava os castigos, as merendas etc. Escrevi no quadro alguns trechos para escreverem e refletirem. Foi muito interessante os questionamentos sobre o autor, as falas,e principlamente as relações que fizeram:
“Os castigos eram estranhos naquele tempo.”
“Hoje ninguém pode fazer isto com a gente”
“por que faziam isto profe?”

Falamos sobre ECA, violência e abuso, pedido de ajuda (onde?), proteção à criança, na escola em primeiro lugar...
Um menino ainda falou:

"No arroio devia ter lei também, para ser protegido."

Compreendi que as crianças fizeram costuras muito interessantes em suas falas simples, mas que continham sabedoria além do esperado. Esta atitude de fazer relação de um assunto entrando em outro, como aplicação do conhecimento adquirido, ainda não tinha percebido em forma oral, como neste caso.

Outro tópico interessante foi o mapa de Alvorada, colado no caderno.
Olharam os municípios, questionei sobre terem ido a tais municípios, momento em que todos contavam um pouco de história e de parentes.
Os alunos maiores sempre usam a conversa interessante para extrapolar o limite reagindo mal. Houve gritos, por parte de um aluno e desentendimentogeral. A aula legal novamente se transformou em caos e eu fico desanimada.
A professora Beatriz Corso diz que realmente não devo me apegar no que deu errado, mas no que está sendo positivo. Mas eu me pego sendo dura, chata, exigindo disciplina e perdendo oportunidades de crescimento de alguns.
Hoje refletia neste ponto da aula e pensava que não há como ser super, nem como estar presente em momentos de intervenção sempre, pois são quarenta alunos. Este pensamento não deve atrofiar a vontade de vencer o maior número de intervenções.



O Dia das Mães, como sempre é polêmico.
Alguns se comportaram de forma agressiva, outra chorou, outro se negou... Cada um contou em segredo, a história triste por trás daquele comportamento.
Neste momento houve respeito pelo não fazer e o negar-se ao envolvimento. Os colegas, todos, entraram numa aura de equilíbrio e respeito. Foi bem gratificante estar lá naquele instante e presenciar o ocorrido.

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sábado, maio 01, 2010

3ª semana de Estágio


Esta foi uma semana bem dura.
Fiz questionamentos do tipo:
Como encontrar o aluno, será que ele deseja ser encontrado em determinados momentos?
A realidade sempre é bem mais difícil do que a teoria.
Devo me apegar no que está dando certo, mas não esqueço do que está realmente complicado e inacessível.

A ida ao ambiente informatizado não ocorreu pela falta de respeito aos apelos da professora, em sala de aula.
Os alunos estavam agredindo-se verbalmente e até fisicamente uns aos outros. Fomos até o pátio no intuito de chegar a sala de A.I. e nada. Não havia jeito de parar a agressão. Sem dúvida, voltei.

Questionar a prática sempre dá alívio por um lado e tormento por outro.

Positivamente penso que a professora Beatriz Corso tem razão. A liberdade apresentada de repente, causa certa confusão.
A liberdade que me refiro é a de pensar, falar, perguntar sobre coisas inusitadas e dar opinião... O que é isso? Eles não sabem opinar... Os alunos não sabem opinar. Esta é a parte do tormento.
O experimento do estágio vem buscando devagar e bem devagar algo que está adormecido e que por vezes explode sem controle e abrangendo emoções descompensadas.

As atividades desta semana foram mais intensas e em menor quantidade.
Mesmo assim alunos se negam a trabalhar, seja numa tarefa simples ou complicada. O difícil é o pensar.

Esta reflexão vou dividir em positivos e negativos da semana. Vou misturando para não causar baque ou para não ficar uma análise confusa.
Retomando:
Grande parte da turma nega-se ao trabalho e outra quer muito fazer acontecer. Por isto as reflexões tornam-se dúbias.
Estou acertando com um grupo e errando com outro.

Um ponto bem positivo que percebi foi o orgulho, que a turma sentiu quando uma ex aluna criou poesia sobre o bairro da escola para eles.
Foi possível perceber através do modo como copiaram o texto, relatando que realmente esta rua era conhecida por este ou aquele, sobre como estava bem feito o poema e sentindo-se valorizados e conhecendo as palavras que liam, porque caminhavam sobre elas.


Visualizar o bairro em imagem e ler poesia que falava nas ruas conhecidas por eles, foi o " gancho"para ficarem fisgados, pelo menos por instantes.

Uma tarefa que pedia trazer foto do bairro, como ele era antes, aconteceu porque uma menina, somente, trouxe o material pedido.
Então gostaram e queriam ver e fazer opinião.
Confirmar ou não se era a tal rua que ela dizia ser.
Consegui ouvi-los e chegarmos a conclusões do tipo:
"É esta rua mesmo porque ali não há asfalto, ainda. "
"... e olha tem a igreja aparecendo no canto da foto."

Na 2ªfeira senti muita insatisfação em estar na turma
e não fiz questão de esconder.
As agressões não podem me apagar, para que eu não veja o crescimento acontecendo.

Nos momentos de discussão sobre a internet e sobre o pc, em que trazem, ou deveriam trazer "Dicas para Não Pagar Mico".
Questões foram levantadas, sobre orkut e mentira.
Renderam longas conversas. Percebo que eles entendem que virtual é irreal. O que tentei relatar a eles o contrário, que não, as informações que oferecem através do orkut devem ser sempre visualizadas pelos adultos que vivem com eles, ou podem tornar-se objetos de pesquisa de pessoas mal intencionadas.
Cuidar-se sempre é a chave. Dividir com familiar as atitudes, ou com professores.

O ponto negativo, na análise, é que somente duas pessoas trouxeram dicas, entre quarenta...

Talvez não fosse possível discutir todas, mas o foco do interesse em ser colaborativo não é alcançado. Apesar das discussões terem sido produtivas.

Na 4ª feira houve uma troca de anexo e acabei trabalhando um texto diferente do planejado. Falava de um lugar especial , diferente e muito limpo. Eles ficaram perguntando se realmente havia este lugar. Respondi que sim. Até mais de um. Citei alguns municípios do estado e fiz certa provocação como: Quando crescerem vocês vão embora da cidade de Alvorada e pronto. Vão viver melhor e para minha surpresa, muitos disseram que nem pensar. Que a cidade ia ficar legal também, como a da história de Elisabeth Trigo. Após tanta troca a produção textual teria tudo para ser boa. Decepção. Nem vou comentar. Mas aqui faço reflexão:
Qual foi minha parte na construção que pedi.
Será que fiz link, o suficiente, sobre o que f alamos e o que produzimos?
Chego a conclusão que nossas aulas "quebradas", por tanto tempo, "maquinaram" as crianças a não mais visualizar o todo e sim o exercício 1 e o 2 e assim por diante, sem olhar a leitura e, principalmente a discussão como parte integrante das respostas.

A participação no Seminário da Educação de Alvorada foi em duas oficinas:
Avaliação (quinta feira) e Violência Escolar(na sexta feira).

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