Pedagogia/UFRGS/Aprendizagens

domingo, dezembro 31, 2006

ECS 11




Interdisciplina: Escola Cultura e Sociedade, Abordagem Sociocultural e Antropológica
Nome: Maria Inês Dalpiás Oliveira
Data: 31/12 /06
Atividade: ECS 11
Professora: Vera Corazza

Através da leitura: Desigualdades educativas estruturais no Brasil de A.J. Akkari e visitas a sítios governamentais, faço uma reflexão e das afirmativas que li, estas eu não poderia deixar de exibir:
É no mínimo estranho que o ensino só se torne "público" e "gratuito" quando todos os alunos desfavorecidos foram eliminados. O Ministério Federal da Educação gasta 60% de seus recursos para as universidades, ao passo que 20% dos professores do ensino fundamental vivem com menos de dois salários mínimos (Tarumann, 1999).
Esta afirmação é triste e de difícil aceitação.
Quando as noções de qualidade . (de falta de qualidade no caso da publica) substituem os conceitos de desigualdades e injustiça no debate a reprodução das desigualdades sociais por um sistema educativo de várias redes encontra-se amplamente facilitada e praticamente legitimada. (texto Desigualdades educativas estruturais no Brasil de A.J. Akkari/ Educação e Sociedade ano XXII, n. 74/Abril /2001)
As difíceis tarefas do dia-a-dia em trabalhar com recursos públicos, tornando-se únicos culpados pela falta de qualidade da rede escolar, quando sabemos que as evidências culturais e principalmente sociais estão nesta lista de culpados, mas estas se excluindo completamente, deixando a carga sobre os ombros dos professores e alunos.

As propostas de governos Federal, Estadual e Municipal montam um jogo de marketing que “provam” suas funções com qualidade.
Não devo ser cruel em dizer que não funcionam, mas refletindo tópico por tópico através das inúmeras listas de ações e programas , fui percebendo quanto se pode ter acesso em redes públicas e quanto estão desconectadas
.
Governo Federal exibem

Governo Estadual exibe

Governo Municipal exibe
Pude situar o papel do professor como permanente arco que faz esta ligação e a capacidade (também a falta dela) em transportar informações, ser vítima das burocracias e das travas. Averigüar quanto um nome bonito faz parecer outra realidade. Que as palavras bem programadas possuem poder de quem desconhece a verdade. Mas... Pode o professor ser também...
Os espaços públicos democráticos que a podem denunciar não existem e não podem ser acionados por falta de mobilização popular suficiente. (texto Desigualdades educativas estruturais no Brasil de A.J. Akkari/ Educação e Sociedade ano XXII, n. 74/Abril /2001)
a real conecção entre:
necessidade - encaminhamento
marketing - verdade

domingo, dezembro 17, 2006

Meu trabalho preferido


Universidade Federal do Rio Grande do Sul
1º semestre 2006
Maria Inês Dalpiás Oliveira
Tic's na Educação




http://peadalvorada.pbwiki.com/changes.php
Procurar meu nome e data 17/12/06

Retomando



Saudades...

Fiquei um tempão sem postar.
Mas o motivo foi um só:
Os meus três filhos estavam com catapora.


sexta-feira, dezembro 08, 2006

Síntese Final do grupo D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
PEDAGOGIA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA: ESCOLA, CULTURA E SOCIEDADE
ATIVIDADE 9
GRUPO D

Cristina N.., CristiCristina C,Cristiane R.,Daniela , Maria Inês, Maria Lúcia, Mário Augusto.

Triste é ver que muito do que está contido no texto ainda ocorre no meio escolar. Os exemplos são vários. O sistema capitalista vem dando provas disto, basta ver a quantidade de crianças que andam pelas ruas fazendo todo tipo de trabalho para conseguir sobreviver. Daí decorre que muitos pais exploram seus filhos, é verdade, mas penso que por conta de um sistema cruel que não possibilita as mesmas oportunidades para todos. Lendo o texto podemos entender a escola que temos hoje, pois da maneira que foi constituída, não servia para outra coisa senão manter tudo no mesmo lugar, ou seja, quem é pobre deve continuar pobre e quem é rico deve continuar rico. Infelizmente essa discussão não passa por dentro dos meios escolares.Muitas coisas continuam dentro da mesma dinâmica: a família sem instrução, sem escolaridade não consegue entender porque é necessário fazer planejamento familiar, tem muitos filhos e logo esses filhos passam a fazer parte da mão de obra que vai sustentar suas necessidades. Freqüentam a escola durante no máximo sete anos, abandonam e começam a trabalhar com seus pais, geralmente aprendendo o ofício do pai. Depois mais tarde voltam a estudar a noite, pois a firma está exigindo. Um aspecto interessante para reflexão que o texto coloca é sobre o tempo de formação de um profissional, seu valor remuneratório está vinculado ao tempo necessário para sua formação, ou seja, quanto menor for o tempo gasto na formação profissional de um trabalhador menor será o custo desta formação, portanto menor será seu salário. A comparação que quero fazer em relação à formação profissional, vem da experiência de alguns alunos que nos chegam à escola, no turno da noite, dizendo que é uma exigência da empresa em que trabalham terem no mínimo o primeiro grau completo. Ora, as empresas não estão pensando na qualificação de seus operários. Elas estão pensando nos certificados de qualidade total e outros certificados a fora, que vão lhes proporcionar algum tipo de status e com isso, vender ou prestar mais serviços aumentando seus lucros sem que haja aumento de salários para esses operários.Falando um pouco das mulheres gostaria de dizer que a realidade hoje não é muito diferente daqueles tempos, e também podemos identificar alguns elementos de continuidade cultural, como por exemplo, o conceito de que a mulher deve ficar em casa cuidando dos filhos enquanto o homem deve sair de casa para buscar o sustento da família. É verdade que a partir da década de 1960 as mulheres saíram às ruas para reivindicar seus direitos, com os movimentos feministas, mas elas estão mais perto do ponto de partida do que do ponto de chegada, infelizmente. São várias as alunas que iniciam o ano letivo e não terminam, pois os maridos acham que não há necessidade delas estudarem, pois como já disseram algumas ?para fazer faxina não precisa ter estudo professor, o meu marido falou?. Aqui nem se aventa a hipótese de estudar para ter conhecimento, ampliar os horizontes culturais. Estudar para poder ter um bom emprego ou melhorar o salário. Será que a escola só serve para isso mesmo?De modo geral o texto nos mostra uma realidade cronológica distante, mas que é próxima pelas características econômico/sociais e as relações estabelecidas entre patrões e empregados. Nesse sentido podemos verificar o recrudecimento dessas relações, pois o aparato tecnológico utilizado hoje em dia pelas empresas, principalmente o comércio, transforma as pessoas em robôs, porque você só precisa saber apetar os botões certos. Que contracenso, uma pessoa que trabalha como caixa de supermercado, por exemplo, que lida com dinheiro, portanto deveria fazer cálculos, hoje não precisa saber nada de cálculo, pois tem uma máquina que faz tudo por ela. Ela só precisa saber ler os dados que a máquina fornece, receber o dinheiro, dar o troco sem fazer nenhum cálculo. A maioria dessas pessoas não sabe fazer cálculo sem ajuda de uma máquina. Quanto custa para formar uma pessoa para ocupar este posto de trabalho citado no exemplo acima? Buscando o entendimento do texto podemos percebe agora porque há tanta gente na fila para preencher uma vaga no comércio, certamente não é pelo sálario atrativo, mas pela necessidade que o mercado impõe. Ainda hoje suportamos o poder de quem nos oferece trabalho. E o papel da escola diante destas situações é possibilitar o aluno para que ele tenha o senso crítico desenvolvido, que seja capaz de buscar conhecimentos a seu favor.

ePerguntas referentes ao texto:
1 Vivencias casos de trabalho infantil em tua escola?
2 Como se dá o processo de aprendizagem com estes alunos?
3 Reflita sobre as nossas condições como educadores m nossas escolas: Ambientes pequenos, salas superlotadas como depósitos de crianças e falta de recursos.