Pedagogia/UFRGS/Aprendizagens

quarta-feira, outubro 27, 2010

Refletir V semestre...




A reflexão do semestre V no curso PEAD UFRGS...

A retomada inicial vai para o Sem. Int. com a construção da tabela
sobre o tempo dedicado ao curso. Penso que naquele tempo eu estava
dentro de um ritmo diferente, não mais nem menos, mas diferente. A tal tabela definia horas, lugares e tarefas, uma verdadeira e minuciosa pesquisa de nós mesmos. Rendeu o entendimento de que devo dedicar-me com calma ( o que vale para hoje também).

O PA realizado em grupo, acrescentou a compreensão da solidariedade, da construção dos saberes diferentes, aliás tudo diferente, cada aluno atuava em seu tempo, com sua contribuição, que às vezes perturbava outras acrescentava. Realizações difíceis para compor um trabalho único. O resultado final foi bem produtivo, aprendi muitas coisas sobre música, natureza e seus sons, o som interno dos humanos, o ritmo do mundo, as terapias musicais... As entrevistas que realizamos também foram interessantes para verificar as diferentes situações em que a música fez parte da vida das pessoas (no contexto social). Enfim, enriqueci muito meus conhecimentos e reflexões a respeito da música. O importante deste trabalho foi a prática de um PA, que tem como base o interesse de um grupo, não projeto de alguém da direção da escola ou coordenação, mas do grupo de alunos, o que garante a visão, a construção e a exposição dos resultados dos diferentes.

Também neste semestre vivenciei o curso caef, que modificou meu olhar e pensar sobre música. O estudo para repertório em sala de aula agregou valor profundo a musicalização e a prática. Trabalhar com música exige saber, o que pretendo buscar ainda mais. Com este curso fiquei sabendo que posso compreender estes saberes, o que antes achava impossível, agora está na área do bem possível.

Avaliando minhas postagens do V semestre percebi, novamente, que não voltava às postagens para averiguar os pedidos da tutora, o que me fez diminuir a qualidade das postagens e aprendizagens.

Percebi, novamente, que não voltava às postagens para averiguar os pedidos da tutora no V semestre.

Na interdisciplina de Organização e Gestão da Educação, foi possível conhecer teoricamente a base educacional, da qual fazemos parte na prática. Repensar a educação nacional e os sistemas de ensino, educação básica, em que atuamos diariamente, com suas regras e leis. Refazer análises dos profissionais da educação, na qual refleti sobre minhas ideologias e em que interferiam na sala de aula. Realizei a tarefa árdua de entrevistar pessoal da instituição pública e os planos políticos do município, construí novos olhares sobre as questões da escola, repensando por exemplo, a importância da merenda escolar, como chega e como é realizada na escola. Obtive interessante aprendizagem sobre as políticas públicas, e principalmente as políticas educacionais neste semestre, com certeza ampliou minha relação de criticidade com as políticas públicas e a interferência direta nesta área.

Em Organização da Escola, observei a gestão novamente, fazendo as reflexões do dia a dia escolar, seus pretextos e fugas, os falsos valores democráticos, com os quais ainda somos tão bombardeados. As gestões com suas vivências e a repercussão de tais atitudes.

O estudo do PPP e regimento da escola em que trabalhava, novamente visualizado, trazia o repensar e a avaliação deste documento. Cresci, pois as oportunidades novas de reflexão, com olhar diferenciado e acadêmico, mudava a forma de agir na escola.

No V semestre as postagens eram recheadas de falas de educadores pensadores etc, alguns trabalhos práticos registrados em forma de fotos ou slides, poucas reflexões da autora do blog. Conseguia escrever pouco sobre minhas dificuldades e aprendizagens. O trabalho da inter de Psicologia Adulta ajudava neste sentido, pois as postagens que faziam relação a esta inter, configuravam uma resposta aos estímulos do debate, no famoso cafezinho, da opinião, a qual faço tanta questão que os alunos obtenham hoje em dia... As transformações de Maturana, que abordam as relações de medo e amor nas escolas, trouxeram tanto relações diferenciadas com gestores ou com equipe, como com alunos, todos emocionando as aprendizagens... E deste passado, no qual procurei comparar atitudes educacionais e emocionais, fica a aprendizagem do amor como sendo a chave de liberdade e comunicação.

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sexta-feira, outubro 15, 2010

Refletir sobre o IV semestre...

Neste texto iniciarei, lembrando das provocações que a profe Beatriz Corso sempre me fazia ao longo dos semestres.
Apesar da vida intensa de 40 horas semanais, mais família de 3 filhos, marido, cachorras e gata, sempre me volto para pesquisa da nossa vida sutil, das levezas discretíssimas que nos acompanham e que pela rapidez da roda viva, às vezes, nem ligamos. Mas eu ligo. Este “mas” por várias vezes me leva a certa “desatenção” ao mundo real. Ao qual a professora Bea sempre conseguia me “resgatar”, além é claro que este curso, ao qual se desenvolve, quase que, única e exclusivamente pelo compromisso organizacional – individual – aprendi a amar os poderes sutis, sem deixar minhas atividades acadêmicas no segundo plano. Graças ao rigor e a disciplina que esta profe trata sua tarefa. Obrigada!

“E como será esse mundo? Por isso, temos que pensar mais em desenvolvimento de competências não achas? Bom para o Plano individual não?
Um abração
Bea” Um dos tantos “resgates” de que falo acima.

O semestre foi muito denso e prático, porque foi feito trabalho nas interdisciplinas dos quais utilizo em minhas aulas com freqüência. Aprendi muito e guardei material suficiente para colorir muitas aulas.

Em seminário IV trabalhamos as perguntas para os PIEs, nas quais tornaram possível a consciência e a segurança no uso do construtivismo em minha prática escolar e o compromisso nas construções de competências, das quais professores tanto mencionam, porém fundamentar teoricamente e realizar na prática estes princípios nos tornam diferenciados e pensantes...o professor que aprende a trabalhar com construção de competências a partir da pergunta, não torna mais à cópia pela cópia.

Foi realizado resgate de nossas vivências em Representação do Mundo pelas Ciências Naturais e Representação do Mundo pelos Estudos Sociais. O poder da compreensão através experiência, foram novamente aplicados neste semestre. Participei das atividades sempre complementando meus pensamentos com as questões sobre o construtivismo, que hoje considero básicas para educação de qualidade, que põe nossos alunos a pensar e desvendar processos de grande valia para suas vidas.

Preciso colar aqui uma reflexão bem profunda, que fala da alegria que neste semestre experimentamos, da aprendizagem com amor ...
http://mariegog.blogspot.com/2008/04/avaliao-do-portiflio2007.html

Em minha construção de PIE, trabalhei a pesquisa para que eu mesma entendesse as zonas proximais, de Vygostsky e com relatos no blog. As pesquisas em outros espaços ciber’s, que iam compondo um novo olhar, não só de aquisição de conhecimento, ou troca de um conceito por outro que “parecia” ser mais amplo, mas através de atitudes práticas que interligavam teoria à prática, pela convicção do que dá certo.Este período foi de grande aprendizagem para minha vida profissional.

Outro ponto positivo, que destaco nestas postagens do IV semestre, era o número de postagens por mês - Mais ou menos uma a cada dois dias. Bem profundas, com embasamento teórico e reflexões consisitentes, muitas delas com relatos de alunos ou imagens que comprovavam a aprendizagem.

No registro abaixo é possível determinar o quanto o semestre reuniu aprendizagens (Ciências, Matemática, Estudos Sociais) das quais foram se entrelaçando e fazendo sentido à minha vida, tanto profissional como particular:

“Esquecemos que somos a natureza. Ficamos arrogantes nesta exclusão do todo.E assim se deu, também, o processo de gosto pela Matemática (objetivo primeiro indicado no meu Plano Individual de Estudos). A Matemática é ciclada e não mecânica e fria. Ambos, o tempo e a Matemática são vivos e em movimento.”


* A imagem é de uma flor chamada bromelia Humilis , uma lindeza, que é parente do abacaxi. Nada por acaso: Como abacaxis se transmutam em flores?
Da mesma forma que estudos e pesquisas de aprendizagens, que não nos atraem, podem ser modificadas.
Assim em meu PIE, no qual pesquisei Matemática nas séries iniciais, transformei minha visão de abacaxi para bromélia Humilis. Visão esta que hoje tem a consciência do quanto Matemática é interessante e sinônimo de habilidades substanciais.

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quinta-feira, outubro 14, 2010

Reflexões


Esta postagem fará referência às postagens sobre o curso PEAD
No 3º semestre.
A coincidência que ocorreu aqui hoje foi muito legal,porque a postagem
da qual inicio a refletir, estava próxima ao Dia dos Professores...
A sensibilidade de colegas que passavam para dar
uma espiadinha e abraço pelo Dia, sempre emociona. Esta rede de amizades sempre tão presente!
Iniciei a postagem do III semestre somente com súmulas, o que em nada
atrapalhava o início do novo semestre, porém não acrescentei
uma palavra a respeito do que iríamos vivenciar, uma expectativa...

O silêncio novamente triunfante...mesmo coma provocação da tutora
Daiane sobre as evidências e argumentações...
Outro erro que percebi foi que novamente neste semestre não voltava aos comentários para dar retorno do que escrevia no blog.
Penso que necessitava ampliar minha inserção na tal rede cooperativa, pelo menos naquele momento.

Uma postagem sobre a imagem (que transcrevo logo abaixo), foi profunda em seu sentido (porque eu mesma sei do que se tratava – sempre fui muito ligada à imagens. Quando pequena, minha mãe professora, nos incentivava a criar. Pouco ligava as bagunças que fazíamos com suas camisolas imensas de enxoval de noiva, nas quais éramos princesas, fadas, pássaros... Minha irmã se direcionou para Música, cantando como soprano em corais, sendo hoje, coordenadora do Coral Municipal de Alvorada e eu era péssima em canto, como até hoje, mas em teatro e arte fazia chover, pois amava desenhar, criar peças, produzir arte, vivências estas, que tanto construíram meus aprendizados e adicionaram cores e criatividade ao meu viver ).
Vejo que tudo que escrevo hoje sobre este pensamento, tão ligado ao meu íntimo, que me relaciona com o meu trabalho e me dá entusiasmo profundo, devia ter sido expresso naquele tempo.
O pensamento abaixo, que escrevi na época, em nada explicitava para o curso o que sentia ou pensava, apesar de estar fazendo relação intensa com Artes e com o que realmente emocionava minha profissão.
Nela escrevi:
"...a imagem que domina a vida subjetiva do indivíduo, determinando com grande medida seus pensamentos, sentimentos e comportamentos". (Rosenberg - auto imagem)

Estas postagens iniciais (as quais penso que estavam muito ligadas a minha doença física da época) em quase nada respondiam minha participação ao PEAD.

Passado algum tempo é que realmente me abri e escrevi sobre meus questionamentos. Falei em arrogância (fiz relação de não expressar-me como sentimento de arrogância, pois não precisava de ajuda ao não relatava nenhuma das dificuldades).Atitude esta, que somente perturbava. Apresentei em postagem uma transformação, que se dava pelo fato de ter repensado sobre o filme, do qual falei em reflexão anterior. "Doze Homens e uma Sentença", ao qual assistimos, a pedido do Seminário III. “...naquele dia me propus a averiguar-me, muitas mudanças vem acontecendo e aos poucos, vejam bem, não sou fácil nesta questão de expôr o que sinto. Mas estou com o propósito para tal”.

Já dizia uma tia antiga: Antes tarde do que nunca!!!!!!!!!!!!

Em Ludicidade, renovei minhas intenções neste semestre comecei a expressar minhas reflexões, devagar, mas melhor do que anteriormente. Apresentava slides e fotos de trabalhos realizados em sala , que ilustrava e engrandecia enormemente minhas postagens. Dá para perceber que começava a melhorar a saúde. As interdisciplinas ajudaram muito, pois como escrevi em ocasião anterior – a música, a arte, a brincadeira elevam as sensações mais sutis do nosso corpo e mente.
Acrescentava sempre que podia, às postagens muitos slides, deixando a apresentação tão melhor de ser compreendida.

A imagem é forte, intensa abrigando amplitude de descobertas, sensações e inter-relação com outras atividades.

A satisfação pessoal se apresentava durante este semestre na seqüência das postagens, sempre fazendo link ao estudo de evidencias e argumentações, que ecoavam com bons ventos, sempre trazendo perfumes de flores e aromas agradáveis às minhas expectativas cognitivas e emocionais.

Um pensamento que me ocorre seguidamente, seja em qual for momento da vida é: “pesquisar cada detalhe e não aceitar qualquer resultado, que quase quase sempre são equivocados pela rapidez e imediatismo”. E este surgiu exatamente nesta época.

Parece cansativo este ir e vir, mas não posso deixar de fora o endereço com texto aberto e sensível de tudo que aprendia até aquele momento:

http://mariegog.blogspot.com/2007/12/seminrio-iii.html

Nas postagens que seguiram o semestre notava-se aumento do entusiasmo, fosse com Ludicidade, Música, Teatro, Arte, as próprias releituras na proposta triangular, da qual tomei emprestada a alma e muito do corpo, para construir meu tcc. Acredito que quando estagiamos o dia-a-dia vai nos consumindo e não consegui revelar naquele momento tudo que visualizo hoje, quando revejo minha base teórica na interdisciplina e na prática. Poderia ter ido muito além, mas como sou profissional, que aos poucos vem modificando as idéias, assim funciona ... aos poucos... Lesmóticamente...

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