Focalizando ainda nos princípios de aprendizado, introduzo minha reflexão com a frase de uma pessoa encantadora, a qual visitou Alvorada há algum tempo.
"...a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores [e educadoras], antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deviam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos." Rubem Alves
Ser feliz, por ser Feliz. Esta atitude tão perseguida, nos dois sentidos nas escolas, leva-nos a um lugar especial.Isto quando se escolhe o "perseguir" correto!
Dói em saber que ainda hoje, diante da Pedagogia e Psicologia em alta, ainda temos diretoras de escola que usam falas do nível: "Nada de pracinha, nem pátio, só no dia marcado. Não quero crianças correndo pelo corredor (a palavra corredor vem de correria?), segurem eles na sala. Esta gritaria tem de ser controlada..." Há três anos atrás minha diretora, da rede Estadual, utilizou estas falas. E só para complemento: Eram alunos de seis anos, Educação Infantil na época. E ainda neste ano segue fazendo isto com os pequenos de cinco anos. Não estou mais lá. Descobri, lá também, duas grandes amigas, daquelas que não encontramos, mas reconhecemos. Obrigada Andréia e Elaine, que me fizeram suportar. Desta experiência sempre lembro das salas abarrotadas, do calor e do amor que lá senti .
Como falar em Ludicidade sem lembrar de Rubem Alves? Sem recordar Tânia Fortuna? Sem mencionar Neuza sá?
Ludicidade é uma fruta. Que abriga a semente do pensamento. Linda, desde a intenção de tocá-la, da conquista em tomá-la e do inesperado em vivê-la na sua cor, textura, aroma e sabor. Aprendi no semestre passado que minhas aulas devem ser felizes, sem motivos ou esperas. Quero ser sempre especialista em amor!
Existia em mim, professora, uma inquietude, uma falta de.
Uns dizem que na espiritualidade em percurso o vazio é preenchido.
Sinto que na aprendizagem em percurso, a ludicidade abarca a minha inquietude.
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