Pedagogia/UFRGS/Aprendizagens

domingo, setembro 20, 2009

Currículo Integrado



Neste trabalho devemos identificar as influências dos modos de produção nos sistemas educacionais;• Compreender as origens das propostas do currículo integrado;•
Discutiremos os obstáculos da excessiva fragmentação do conhecimento disciplinar e pensaremos possíveis alternativas a isso, entre elas o currículo integrado. Para tanto, serão realizadas duas leituras e uma atividade de estudo de um dos textos. Iniciamos a reflexão sobre a temática “Currículo Integrado” a partir do fragmento abaixo, de Japiassu (1994), que propõe que pensemos sobre divisão das disciplinas escolares, naturalmente aceita como ‘correta’ e ‘imutável’.
“A especialização sem limites culminou numa fragmentação crescente do horizonte epistemológico.Em nosso sistema escolar, “ensina-se um saber fragmentado, que constitui um fator de cegueira intelectual, que decreta a morte da vida e que revela uma razão irracional. A ponto de o especialista não saber nem mesmo aquilo que acredita saber. Essas “ilhas” epistemológicas, dogmática e criticamente ensinadas, são ciumentamente mantidas por estes reservatórios ou silos de saber, que são as instituições de ensino, muito mais preocupadas com a distribuição de suas fatias de saber, de uma ração intelectual a alunos que não têm fome. (...)
É por isso que o interdisciplinar provoca atitudes de medo e de recusa. Porque constitui uma inovação. Todo o novo incomoda. Porque questiona o já adquirido, o já instituído, o já fixado e o já aceito.”
(JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994.)

Interdisciplina: Didática, Planejamento e Avaliação
Alunas: Maria Inês Dalpiás Oliveira eNair Marli Monroe Gonçalves

Diante da inevitável globalização do capitalismo, percebemos que as relações trabalho – educação, assim como as nações, confundem-se, tanto em seus focos de atuação quanto nos métodos e resultados.
A educação vista com olhos voltados à produção, absorvem os métodos já desenvolvidos pelos meios industriais, principalmente aqueles criados a partir das indústrias automobilísticas.
Conforme texto , na Ford a produção era concebida em uma seqüência onde as pessoas realizavam suas tarefas pré - determinadas, sem a necessidade de refletir sobre seus atos, de forma mecânica.
Numa educação mecanicista, os entes que participam da escola não influenciam nos processos educacionais., apresentada por uma verticalização nas decisões, característica pouco democrática.
Neste processo de produção o homem e a máquina se confundem, o homem é a máquina, e como no trecho em que Chaplin cai nas engrenagens, ele passa a fazer parte dela.
Na escola da mesma forma como observamos no filme Tempos Modernos, o homem está a serviço de um sistema, onde não há necessidade de que ele pense sobre o que está fazendo nem sobre o resultado, mas sim que o faça.
A Toyota apresentava uma produção sem necessidade de estoque, pois já trabalhavam com uma variabilidade de acordo com a demanda, diferentemente do método da Ford, o trabalhador possuía ou era estimulado a possuir conhecimento sobre a estrutura da produção, suas falhas prevendo-as e dando sugestões para melhoria do que seria executado e produzindo o necessário no tempo certo, tornando o funcionário um participante e não uma peça.
O saber fragmentado mencionado acima por Japiassu, condena a escola a um viver “encaixotada”, onde se guarda para nunca mais utilizar, retira somente para uma nota, esconde em gavetas tão profundas que nem mesmo ele, o organizador tem condições de achar, se por acaso, precisar utilizá-la. A irracionalidade de que tanto fizemos uso nas salas de aula é uma cultura que devemos mudar imediatamente.
“Na defesa de projetos curriculares integrados, Santomé (1998, p.187) afirma que a utilidade social do currículo está em permitir aos alunos e alunas compreender a sociedade em que vivem”
É preciso aos professores, suporte para perder o medo e investir na necessidade emergencial da escola. Precisamos reaprender a pensar, e conduzir nossos alunos a entenderem onde vivem, como vivem e como desejam viver.
A escola precisa de resgate, não mais os alunos e professores como peças que giram sem saber por quê.
Pessoas resgatadas de suas tarefas de encaixotar...trazidas para funções individuais e intransferíveis, que sabem o que estão procurando, sabem o que já encontraram e sabem do que ainda precisam. Escolares que decidem suas vidas participativamente e para o bem da coletividade.

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1 Comentários:

Às 8:02 PM , Blogger Izolete disse...

Oi Maria Inês, também gosto muito de ti, aprendi a te admirar mais porque depois do curso que fizemos juntas, tive mais tempo de ouvir tuas histórias e através delas percebi o quanto tu és integra, sincera e amiga! Já mandei o projeto para a Adreína, só que apesar de eu ter pedido, ela não me deu retorno. Quemsabe tu manda um e-mailpra ela e pergunta se ela recebeu o projeto? Se tu estiver a im é claro!
Bjos e uma boa semana pra ti!

 

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