Pedagogia/UFRGS/Aprendizagens

segunda-feira, setembro 07, 2009

O que é reconhecido como texto? Qual minha expectativa?


Com base na leitura do

A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais (DALLA ZEN; TRINDADE, 2002).

Fala-se/escreve-se/lê-se sempre do mesmo jeito? Que diferenciações podem ocorrer em relação à fala ou à escrita?



As “invenções de conceitos” presentes no texto, refletidas através da história pedagógica do nosso país, suas bases e pensadores,levam as autoras em linha reta aos questionamentos quanto ao que é verdade em falar/escrever/ler.
Fazem-nos refletir sobre a ilusão e o real. Sobre a expressão do ser humano e de presença constante desta, na sala de aula. As inovações diante do que “provavelmente” seriam positivas para determinado tempo histórico - social.
Maria Isabel Dalla e Trindade propõem um olhar vivo e envolvido com o todo social da criança ou adulto, em suas relações com a aprendizagem, que sempre diferiram, ao longo da história, nas maneiras de falar, escrever, ler.
As diferenciações que ocorrem fala\escrita\leitura, hoje , atentam para que se possa utilizar um olhar crítico e viabilizar a expressão envolvendo os educandos para que observem as diferentes linguagens e não somente as reproduzam “como deveriam ser”. Pois “ A escrita também não é uma modalidade fixa, não é sempre formal\ sofisticada\ planejada, assim como a fala , não é em todas as situações informal\ coloquial\ e sem planejamento (Kleiman, 1995).

Estas afirmativas de Kleiman conseguiram retirar do peito uma mão opressora de falas, ou discursos, dentro das escolas, de pessoas que se dizem alfabetizadores de nível, que estão sempre a desvalorizar aqueles que sorriem quando lêem kaza (casa), ou euxuoablaót (Eu chuto a bola forte!) e ficam felizes pelas apropriações sensíveis de meninos e meninas com fome...

Este texto traz à tona a realidade de discursos e representações que distorcem quando enfatizam:
- Nossos alunos não sabem ler!


Mais uma vez as certezas provisórias e as dúvidas temporárias, permaneçam como encaminhamentos que contextualizam o indivíduo e o social, procurando seus propósitos e estimulando interatividade para o bem comum, onde todos sejam incluídos.

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