Pedagogia/UFRGS/Aprendizagens

segunda-feira, abril 27, 2009

Estádios de Desenvolvimento - Piaget


Piaget nos define como quatro os estádios de desenvolvimento e coloca que o ordenamento é constante porém as idades variam. Variam de cultura para cultura e dentro delas também há variáveis.


Sensório- motor (dos 0 aos 18/24 meses)
Estádio pré- operatório (dos 2 aos 7 anos )
Estádio das operações concretas ( dos 7 aos 11/12 anos)
Estádio das operações formais ( dos 11/12 aos 15/16 anos)

recortes de:
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/


eixo6/psicologiaii/epistemologia_genetica_e_


construcao_do_conhecimento.pdf


Com comentários reflexivos a respeito da aprendizagem.


Em outro texto, Piaget (1972b) relembra que:
"A ordem de sucessão desses estágios, como foi mostrado é extremamente regular e comparável aos estados de uma embriogênese. A velocidade do desenvolvimento, no entanto, pode variar de um a outro indivíduo e também de um a outro social; conseqüentemente, podemos encontrar algumas crianças que avançam rapidamente ou outras que avançam lentamente, mas isso não muda a ordem de sucessão dos estágios pelos quais passam.
Em outra passagem ainda, Piaget (1972c) comenta que:
Acima de tudo a maturação não explica tudo, porque a idade média na qual este estágio [sensório-motor] aparece (idade cronológica média) varia grandemente de uma para outra sociedade. O ordenamento desses estágios é constante e tem sido encontrado em todas as sociedades estudadas.
A experiência da criança sensório - motora é praticamente sua interação imediata, através de seus sentidos, com o meio. A experiência de ver objetos e sua busca em vê-los é típica deste estádio e muito colaborativa para as aprendizagens da criança. perdurando até a linguagem.
“A inteligência sensório – motora que se caracteriza por ser exclusivamente prática perdura até o aparecimento da linguagem"
Ex.:
Luíza, nove meses, joga sua bolinha preferida, por vezes repetidas ao chão. O pai se cansa e esconde. A menina ri e a pede de volta, sabendo que ela ainda existe, em outro lugar somente.
No momento em que ela percebe um objeto “sumir” e entende que ainda está ali, observa-se evolução neste estádio.
"o pensamento da criança pré-operatória é egocêntrico, o que significa que não é capaz de lidar com idéias diferentes das suas em relação a um determinado tema.”

Ex.:
Natália dois anos canta uma música e a mãe lhe corrige a nota, ela aceita. Repetindo a canção corretamente. Logo continua a música e a mãe lhe corrige a letra. Natália não aceita.
Responde da seguinte forma:
- Eu não gosto das tuas coisas! (- Eu não góto das tua coias!)
- Que coisas?
- A minha música é assim... (-A minha muca é assim.)

No estádio das operações concretas:

“A construção da capacidade de reversibilidade do pensamento assinala o ingresso
nas operações concretas. A criança torna-se, então, capaz de realizar operações, ou seja, ações mentais, embora limitadas pelo mundo real.”

Ex.:
Iaramin de 7 anos e seu professor de música estão há algum tempo “treinando” a mão esquerda do violino e direita do arco. Chegado um determinado dia a aluna não quer mais a figura destes objetos feitos à caneta em suas mãos e diz saber exatamente qual é esquerda e direita. A partir desta etapa observa-se o uso prático de lateralidade em suas aplicações diárias.
Neste estádio são construídas as aprendizagens de classificação, seriação, peso, volume, conservação física de substâncias e medida.

" ... na ocasião da passagem para o operatório formal há uma inversão nas relações entre o real e o possível"
O operatório-formal permite trabalhar com o pensamento hipotético-dedutivo e estabelecer relações entre diferentes teorias.
No período operatório-formal o sujeito terá à disposição instrumentos oriundos do plano das possibilidades, os quais permitem estabelecer relações entre teorias, produzindo nelas transformações”


Ex.:
Ítalo, onze anos, aprendeu a tocar a música: And Love Her.
Chegando da aula de música tocou-a novamente com algumas partes no agudo. Ele observou que a música ficava mais melancólica e forte. E no grave mais simples e suave.


Este período contempla as transformações que o sujeito provoca nos objetos a partir de suas manipulações.

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1 Comentários:

Às 1:14 PM , Blogger ROSAURA KARST disse...

Oi
Inês
Li todas tuas reflexões e achei muito interessante, pois coloca tuas experiências e teus anseios referentes esta profissão tão maravilha que é ser Educador.
Beijos
Rosaura

 

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