Pedagogia/UFRGS/Aprendizagens

sexta-feira, abril 10, 2009

História, Deficiência e Educação Especial

Recortes do texto de Arlete Aparecida Bertoldo Miranda - Doutora em Educação -
Reflexões sobre texto:
"Jean Itard e Victor do Aveyron: uma experiência pedagógica do século XIX e suas repercussões"
Luci Banks-Leite e Izabel Galvão

"No início do século XIX, o médico Jean Marc Itard (1774-1838) desenvolveu as primeiras tentativas de educar uma criança de doze anos de idade, chamado Vitor, mais conhecido como o "Selvagem de Aveyron". Reconhecido como o primeiro estudioso a usar métodos sistematizados para o ensino de deficientes, ele estava certo de que a inteligência de seu aluno era educável..."

”Desde que foram escritos, entre 1801 e 1805 os relatórios de Jean Itard têm conhecido sucessivos eclipses seguidos de redescobertas. Narrativa datada de quase duzentos anos, os relatórios de Jean Itard continuam extremamente atuais e provocadores”.


Tanto seguiu-se sua pesquisa que a médica pedagoga Mª Montessori utiliza-se de seus relatórios (sec XIX), logo depois seu discipulo Séguin, fala em Itard em sua tese de doutorado na França dedicando-se a educação dos deficientes.
Da história brasileira podemos contar:
"Em 1967, a Sociedade Pestalozzi do Brasil, criada em 1945, já contava com 16 instituições por todo o país. Criada em 1954, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais já contava também com 16 instituições em 1962. Nessa época, foi criada a Federação Nacional das APAES (FENAPAES) que, em 1963, realizou seu primeiro congresso (MENDES, 1995)".

Ainda assim se direcionarmos nosso olhar para a escola em geral, vamos encontrar um campo infértil.
"O como incluir tem se constituído a maior preocupação de pais, professores e estudiosos, considerando que a inclusão só se efetivará se ocorrerem transformações estruturais no sistema educacional."


Jean Itard determina seriedade e empenho em sua tarefa, apesar de não alcançar êxito com o menino de Aveyron, faz uma coletânea de estudos muito significativos para atualidade com necessidades especiais.
Vimos que as discussões em torno do processo de inclusão, evidenciadas por pesquisadores e estudiosos da área de Educação Especial se limita a teorias, com poucas determinações práticas.
Diante deste processo lento frequentemente desprovido de colaboradores, nós educadores nos vimos em situações de desamparo e angústias.

Professores em geral amam suas tarefas, como diria Rubem Alves:

"Toda experiência de aprendizagem inicia com uma experiência."

Assim através de nossas experiências com necessidades especiais vamos construindo escolas que apesar de ainda não ajustarem seus espaços para o recebimento destas crianças, nós vamos fazendo transformações de estruturas emocionais e intelectuais, garantindo o trabalho humano, na expectativa da evolução.
*Imagem do Hospital Bicêtre - França

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