Pedagogia/UFRGS/Aprendizagens

segunda-feira, agosto 10, 2009

Projeto "A Escola Que Protege"


"A Escola que Protege, prevenção à violência contra crianças e adolescentes em direitos humanos e mediação de conflitos".

O objetivo do projeto é instrumentalizar profissionais da área da educação em geral e da rede de proteção de crianças e adolescentes sobre os direitos das mesmas, as violações destes direitos, principalmente aqueles relacionados às situações de violência e a mediação de conflitos. Fornecendo conhecimentos e ferramentas para que sejam agentes ativos e capacitados no enfrentamento de situações de violação aos direitos do público infanto juvenil.

Municípios alvos serão Canoas, Alvorada e Porto Alegre, municípios prioritários segundo o Manual da Resolução n.37 .

A proposta pretende a elaboração de uma cartilha para uso em sala de aula, com o propósito de promover discussões sobre os direitos das crianças e adolescentes entre alunos e professores. Este material trará histórias que fazem crianças e adolescentes se confrontarem com dilemas sobre seus direitos, propiciando reflexões que os façam se encaminhar para soluções de conflitos.

Experiência:

O projeto acontece em 2009, na UFRGS, Campus da Psicologia, sob organização de Andreína Moura, Aluna de Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento da UFRGS. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Desenvolvimento Humano em Situações de Risco Social e Pessoal.

Enquanto partipante, obtive uma visão multifacetada da minha prática social.
Reflexões do tipo:

Gêneros, raças e etnias com seus sofrimentos anônimos, sem informação adequada para suas necessidades e proteção.

O quanto o Brasil é um país machista que abandona e enfraquece mulheres. Esta visão sempre esteve presente, porém nunca tão esclarecida através de vídeos e textos comentados e discutidos com profundidade, com observância direta da própria história da mulher.

O que os Direitos Humanos protegem e a sociedade não.
A desconstrução de representações sociais (crianças e adolescentes de rua, prostituição? Infantil, mendigos...) e as práticas da sociedade com relação a elas. Quem é responsável por uma criança ou adolescente estar na rua hoje? Que força nós professoras temos para ajudar esta criança a parar de sofrer. Pensava, antes do curso, que não haviam opções, mas é possível cobrar soluções quando estamos fazendo nossa parte e temos informações diretas da continuidade dos encaminhamentos.

Que influência de situações de violência como, bullying, discriminação,
exclusão, subalternização e (in)visibilização, há nas vivências intra escolares dos alunos? E no desempenho destes estudantes e profissionais da educação?
Como estão acontecendo as situações da violência, em particular contra crianças e adolescentes e como, nós adultos, podemos perceber o "pedido de ajuda" nem sempre expresso. Através de trabalho feito por profissionais da psicologia, pesquisas apontam para características comuns em crianças violentadas. Através do curso pude saber como
identificar estes comportamentos na sala de aula.
Como contribuo em minhas práticas escolares para significar, através de estudo biopsicossocial das crianças e adolescentes, formas de agressões, e encaminhá-las da melhor forma possível, sem causar "mais um trauma".
Que ações voltadas para o enfrentamento da violência e erradicação do trabalho infantil fazemos, através do Projeto Político Pedagógico da minha escola.

Este curso foi importantíssimo para minha vida, concluo que a Secretaria de Educação de Alvorada devesse proporcionar estes saberes a todos os profissionais ligados a crianças e adolescentes.

Nossa visão acadêmica não prevê o trabalho com estas dificuldades, mas o Município, tem meios para disponibilizar este conhecimento tão valioso, pois fará dos profissionais PROTETORES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM POTENCIAL, preservando assim o tesouro de Alvorada - sua CRIANÇA E ADOLESCENTE.

Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial