Pedagogia/UFRGS/Aprendizagens

sexta-feira, novembro 06, 2009

EJA e a Avaliação


"É juízo de valores relevantes de um dado, para tomar decisões seguintes."
(Raimundo Helvécio Almeida Aguiar)

Nesta frase curta e simples é possível perceber a extensão do que se propõe em EJA. Nada está sem seqüência, sem sentido, ou está frágil a ponto de se perder.


EJA pertence a uma classe específica de múltiplas especificidades e pluralidades. O educador é desafiado a cada instante a contemplar as estruturas que levem o educando ao seu momento de relação vida - escola. Desafiado inquieta-se e pede além de que o Ivo veja a uva.


O que este jovem ou adulto pode trazer para escola, é maior capacidade reflexiva, porém esta mesma bagagem, em relação às habilidades escolares, não oferecerem facilidades, em comparação as habilidades infantis ou adolescentes. Esta inserção no mundo do trabalho lhe causa uma quebra e desligamento do mundo escolarizado. Tornando-se parte de um grupo excluso da instituição escolar.
Para que a escola possa falar a mesma linguagem deste aluno, é preciso observar tais bagagens ( individuais e coletivas) para utilizar-se destas informações como impulsoras do trabalho. Nem de longe o adulto deve ser tratado em suas atividades escolares como as crianças. Esta infantilização, seja nas tarefas simples de sala de aula (como materiais com imagens infantis e não do seu uso diário) que causam a baixa estima, que é inimiga eficaz para desânimo e desistência do aprendizado, seja na forma oral como o professor se dirige aos alunos em sala de aula, seja pela própria infra estrutura do ambiente escolar. O pertencimento escolar fica cada vez mais distante. É preciso muita força e coragem para continuar seguindo. A sensibilidade do educando em EJA é crucial para a conquista da escolarização. è preciso visualizar o adulto e o jovem de EJA de forma honesta, em que é necessária a avaliação, para saber onde é necessária nossa intervenção, nossa contribuição.

Só a fase atual é que determinará a fase seguinte.

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1 Comentários:

Às 10:14 AM , Blogger Simone disse...

Olá Maria Inês!
Trabalhar com educação de jovens e adultos parece ser um grande desafio. São alunos que tem muito a aprender, mas também muito a nos ensinar. É importante que o professor valorize os conhecimentos de seus alunos e ajude-os a descobrir tantos outros, respeitando e valorizando suas especificidades.
Um abraço, Simone - Tutora sede

 

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