Pedagogia/UFRGS/Aprendizagens

domingo, novembro 15, 2009



Ao ler os textos tive oportunidade de fazer reflexão direta com minha prática. A leitura que trata da “coesão e coerência em textos escritos iniciais” (Vidal, Silveira, 2005) O texto de Consciência Fonológica...
Nas salas de aula passamos por verdadeiras
“torturas Pedagógicas”, pois no passado era
preciso que se tivesse um método –
eu mesma trabalhei com a “Abelhinha” por dois anos.
Depois foi uma caça aos métodos – lá eu me escondia quando precisava “tentar salvar alguém” que não conseguia de forma alguma “entender” a leitura e a escrita. Mostrava sons repetidas vezes, que adormecia a língua no final da tarde.
O construtivismo não apreciava métodos, mas não sabíamos nem o que ele era!
Através de leituras ao longo do tempo é que entendi que era uma proposta que teorizava em torno de como a criança aprendia. Foi uma
revolução!
Perdida novamente entre um entendimento do qual falavam – nos Ferreiro e Teberosky e a “mistureba” que fazia na sala...
Com a “gurizada” na sala não havia tempo para esperar entender-me.
Usava o que tinha, o que me davam, o que aparecia, tudo. Numa salada imensa que eu mesma me confundia.
E... incrivelmente dava certo!
O desespero sem teoria, levava a prática do Kamikase! Todos giravam de 360 a 360 graus e tontos... escolhiam o que lhe era mais contextualizado, mais próximo de sua própria teoria e fazendo hipóteses iam subindo escadinhas de conhecimento.
Havia gente que ia para série seguinte com poucas hipóteses, perdiam no caminho da 2ª série, eram empurrados pelo conteudismo a ser vencido. Reprovavam.
Outros suavam tanto em busca daquele “segredinho” de que tanto a professora falava, que achavam o caminho e conquistavam aquele montante de trabalhos e provas. Aprovavam.
As estruturas sonoras que estão dentro da consciência fonológica, só fui teorizar com a leitura 5 da interdisciplina Linguagem e Educação. Penso que intuitivamente utilizo este “pinçar”.
É como se a teoria mostrasse por onde andei este tempo todo.
Linkei o google heart e vi que trajeto percorri. Mesmo sem saber os nomes de ruas ou vielas, que arroios saltei e que avenidas cruzei sem estar na faixa de segurança.
Esta consciência ainda é nova para mim.
Aliás quando lia o texto,pensava o quanto eu estava tendo progressão temática no meu planejamento?
Em que momento sócio cultural da vila, a qual estou incorporada há onze anos, não fui clara o suficiente, que as tutoras e professoras e professores não conseguiram interpretar?
O meu universo cultural é diferente o bastante daquele que vivem as professoras e professores da UFRGS?
Pensei que sou um adulto fora do tempo, fazendo minha graduação e que como em EJA, se faz necessário uma compreensão por parte destes educadores da minha reflexão (com muitas concepções ingênuas) e minhas diferentes habilidades e dificuldades...
Pensei... como alunos pensam... Onde eu erro? Pois não sei bem por onde devo procurar o acerto...
Mesmo com muito receio postarei esta reflexão...

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2 Comentários:

Às 7:48 AM , Blogger Beatriz disse...

Maria Lucia querida, teu blog está o máximo> Postagens reflexivas, trazendo falas de colegas, da escola, dos professores. Ficou excelente!! Parabéns!!
Um abração muito satisfeito
Bea

 
Às 10:24 AM , Blogger Unknown disse...

Olá!Maria Inês!Sou tua colega na PEAD,meu polo é o de Gravatai.Escolhi teu blog para desenvolver minha atividade da sintese.Achei muito interessante tuas postagens e colocações quanto aos temas trabalhados no semestre.Parabéns!Marinez Pinto

 

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